ines viva medicina penafiel
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Inês Viva, uma jovem natural de Penafiel, decidiu dedicar a vida à Medicina e a ajudar pessoas de uma forma global. Em 2021, terminou o Mestrado Integrado em Medicina e conquistou lugares de destaque a nível internacional. Por enquanto, encontra-se a viver em Paris, mas espera continuar a contribuir para a saúde do seu próprio país.

O gosto pela Medicina tornou-se claro na entrada para o secundário, quando optou pelo curso de Ciências e Tecnologias, embora sentisse toda a vida que queria “ajudar pessoas. Não consigo identificar um momento, penso que foi por sempre ter gostado muito de estar com pessoas, perceber os problemas, e de me relacionar com elas. A Medicina surgiu pela questão humana, por querer tratar das pessoas e de as fazer sentir melhor”. 

Inês Viva reconhece que os “valores incutidos” pelos pais também moldaram a sua personalidade, descrevendo-se como uma pessoa “bastante sensível e empática” com o próximo.

Antes de entrar na Nova Medical School, onde realizou o Mestrado Integrado em Medicina (seis anos), Inês Viva passou pelo Mestrado em Ciências Farmacêuticas da Universidade de Coimbra durante um ano, consciente de que o seu objetivo era Medicina e Lisboa e, por isso, acabou por repetir os exames. 

Aos 28 anos, Inês Viva está a trabalhar num escritório da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico), em Paris, há cinco meses, mas garante que mantém a “conexão” com Portugal. “A experiência tem sido boa, claro que não é o nosso país, mas tento sempre ter um pézinho em Portugal, gosto de manter esta conexão porque no futuro, quem sabe, se não continuo a trabalhar na saúde global, mas de um ponto de vista mais português. A verdade é que gostava de contribuir no meu país”, realça. 

Antes de chegar à OCDE, Inês Viva viveu várias experiências que a levaram até Paris. Tudo começou no ano de internato de formação geral, que decorreu em Santarém e que é “um dos requisitos para se ingressar na especialidade em Portugal. Nunca cheguei a fazer o exame, porque ainda no meu terceiro ano de Medicina comecei a pensar neste ramo, mas de uma forma mais macro, não no sentido de: como posso ajudar uma pessoa, mas como é que posso fazer com que consiga dar melhor saúde a um conjunto de pessoas. A partir daí, comecei a envolver-me na Associação de Estudantes da Nova, depois acabei por fazer parte da Associação Nacional de Estudantes de Medicina, onde tratava da parte das Relações Externas, e tive a oportunidade de trabalhar com entidades como a DGS (Direção Geral de Saúde)”.

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Mais tarde, a penafidelense deu o salto para a Associação Internacional de Estudantes de Medicina, uma oportunidade que surgiu depois de realizar colaborações com a OMS (Organização Mundial da Saúde). Nesta associação, Inês Viva foi responsável pela região europeia, no âmbito das Relações Externas, e desenvolveu projetos diretamente com o escritório europeu da OMS, depois fez parte da gestão da associação, o órgão máximo, onde foi vice-presidente para as Relações Externas e coordenou a associação. “Tínhamos cerca de 130 associações nacionais de 120 países diferentes e eu era a principal responsável”, explica.

Projetos que a levaram até às Nações Unidas e onde se tornou “o ponto de contacto, isto é, a principal responsável por coordenar as estratégias em políticas de saúde e em coordenar uma equipa de pessoas que depois trabalhavam, especificamente, em cada uma destas áreas da saúde global”. 

Este vasto currículo de experiências, abriu portas para um “Bluebook traineeship” na Comissão Europeia, na DG SANTE, na Unidade de Medicines Policy, Authorisation e and Monitoring, e culminou num lugar na OCDE, onde continua a trabalhar até hoje. “Estou envolvida no projeto relacionado com ‘Resiliência de sistemas de saúde’ e, entretanto, já me envolvi noutro projetos relacionados com saúde digital. Um delas será lançado em breve”. Aliado à sua profissão, Inês Viva integra, ainda, a equipa do Digital Health Lab, em que é “um dos regional youth champions, ou seja, fui uma das escolhidas dentro de 600 candidaturas, represento a juventude na parte da saúde digital e contacto com outras organizações jovens, dou workshop’s sobre saúde digital, entre outras atividades”

Em relação a ambições futuras, a jovem pretende continuar a estudar e, quiçá, tirar ou uma Pós-Graduação ou um Doutoramento.

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