ines ferreira penafiel
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Inês Ferreira, uma jovem penafidelense, natural das Termas de São Vicente, é “apaixonada” pelo estudo. Foi na área das Ciências e Tecnologias que encontrou o seu caminho profissional e é na Medicina que espera construir uma carreira. No entanto, foram as letras e palavras que se tornaram um “escape” e possibilitaram sonhar com a criação de um livro de poesia.

A ansiedade levou a jovem de 17 anos a encontrar ferramentas para “exprimir as emoções. Nessas alturas de insegurança acabei por encontrar um porto seguro na literatura, tenho uma enorme paixão pela poesia. Já comecei a escrever poemas há mais ou menos cinco anos e para mim é uma necessidade colocar os meus sentimentos no papel”, explica em conversa com o Jornal A VERDADE.

Embora escrever um livro seja uma ambição, Inês encontra-se, por enquanto, determinada em “explorar as especialidades” e usufruir de tudo o que o ICBAS pode proporcionar. 

A entrada na Universidade e o “novo ambiente” proporcionou algum “nervosismo” na jovem, mas que acabou por ser contornado ao fim de alguns dias. “Estou a gostar bastante. Continuo a viver em Penafiel e vou de comboio, torna a rotina mais exigente porque tenho de acordar cedo e perco bastante tempo nas viagens, mas acabo por aproveitar a viagem de comboio para ler e, por isso não me incomoda muito”, partilha em entrevista ao Jornal A VERDADE. 

Por enquanto, ficar em casa pareceu a decisão “certa” para estar “perto da família e amigos e sentir apoio. Sou muito ansiosa e os meus pais sempre me apoiaram e estão prontos para me ajudar”. 

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Embora reconheça que a ansiedade e o perfeccionismo a possam ter levado a duvidar de si mesma, Inês Ferreira aprendeu a lidar com as emoções ao longo do secundário e encontrou ‘chaves’ para atingir o sucesso. “Sempre gostei muito de aprender, encarei o estudo como um prazer. Os fatores determinantes para o meu sucesso foram a dedicação, organização, estudo diário e também alguma ambição, nunca deixei acumular as matérias, tentava sempre compreender os conteúdos em sala de aula e evitava memorizar. O meu estudo baseava-se na resolução de exercícios muito diversificados”.

Também no ambiente escolar considera-se uma “sortuda” já que via a Escola Básica e Secundária de Pinheiro como uma “casa” onde ‘viveu’ desde o quinto ano. “Tive o apoio de toda a comunidade educativa, fiz grandes amizades e também tive muita sorte com os professores”, conta.

Tudo ajudava para que Inês Ferreira tivesse sucesso em todas as áreas da vida, menos o “perfeccionismo. Foi algo que me condicionou e impediu de aproveitar a vida na tonalidade, às vezes duvidava de mim própria, apesar de saber que me tinha esforçado imenso, mas fui ganhando confiança e depois comecei a sair mais, dediquei-me à guitarra e comecei a aproveitar mais o meu tempo livre” e, por isso, deixa um conselho: “É importante reconhecer que para além de trabalhar, também é preciso descansar e ter tempo para nós próprios e para estar com os nossos amigos e família. Todos temos de encontrar um escape, que é diferente de pessoa para pessoa, mas funciona como uma descarga de stress”.

Sem pressas em tomar uma decisão, Inês Ferreira partilha um interesse pela investigação ou pelo trabalho em laboratório, mas não descarta um trabalho direto com utentes desde que não envolva “demasiada pressão”. 

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