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Embora uma média final de 190.5 na Escola Básica e Secundária de Vilela, Francisca Alves confessa que “não estava segura” da entrada na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP). “A minha média, com os exames, desceu para 184.5, por isso, foi inesperado”, mas “o melhor possível. Foi uma notícia muito boa. Era o meu sonho”, começou por partilhar.

“Desde pequena que quero ser médica. Lembro-me de ficar com o pé atrás por pensar que podia ser difícil, mas não questionei a decisão”, recorda Francisca Alves, acrescentando que o gosto pela medicina esteve “sempre em mente”, mas o convívio com a madrinha e as histórias que contava do Hospital São João “alimentaram o bichinho. A minha madrinha teve o papel de falar sobre, de me contar muitas histórias do hospital, de certa forma, teve influência”. A própria mãe, psicóloga, incentivou “esse lado” da filha. 

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O sonho tornou-se realidade quando ingressou na FMUP. “Estou a gostar muito do curso, o problema não é a dificuldade da matéria, é o volume da matéria porque isso é muito diferente do secundário, mas as primeiras semanas foram mais complicadas, agora já estou a começar a entrar no ritmo. É preciso ter uma mentalidade diferente”, garante.

Aos 17 anos e em retrospetiva, Francisca Alves admite que até o tempo de lazer “levava muito a sério. A verdade é que havia alturas em que podia relaxar mais. Com base na minha experiência, aconselho a que não se julguem demasiado, também não percam tempo a procrastinar, é mais saudável tirarem tempo para descansar e depois serem realmente produtivos. Quando nós procrastinamos é porque estamos a fazer algo de errado em termos de gestão de tempo”. 

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Assim, para cada fase da sua vida, procura “adaptar-se. É preciso ‘jogar’ bem as coisas, eu continuo com os mesmos hobbies que tinha antes, mas fui mudando a prioridade de algumas coisas na minha vida”, explica. Ao longo dos anos, a música em todas as suas formas foram o passatempo preferido de Francisca Alves. “Sempre me interessei por música, seja cantar, tocar ou ouvir. Toco piano e mais dois instrumentos musicais que aprendi sozinha”. 

Para Francisca a procura pelo “perfeccionismo” está associada a “pessoas que tiram notas mais altas, mas a verdade é que os momentos de lazer não são feitos para querer fazer tudo direitinho e ter tudo sob controle”. Com a entrada na universidade, a jovem adotou uma nova mentalidade e, agora, os passatempos são “momentos para descontrair”. 

Por enquanto, Francisca Alves espera “passar nas cadeiras, acabar o curso e escolher a especialidade certa”. 

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