os artischtas
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Com idades compreendidas entre os 13 e os 19 anos, são cerca de 20 os elementos que compõem a banda “Os Artischtas”. Naturais de Paredes, mas também Penafiel e Marco de Canaveses, os estudantes de música uniram-se e formaram um grupo musical assente na “amizade”.

David Moura foi o impulsionador da banda e acredita que a “diversidade de idades” é “ótima para nutrir grandes relações de amizade, nas quais os mais velhos orientam e aconselham os mais novos“, mas, como em tudo na vida, os ensinamento são mútuos. Na visão do jovem, a partilha de experiências entre estudantes de diferentes idades é “essencial para um bom desenvolvimento como pessoa, e este é um dos grandes pontos positivos do nosso grupo”, destaca.

Tudo surgiu com David Moura que, num primeiro momento, começou por pedir a três colegas que se juntassem a ele com o objetivo de tocarem algumas canções para os colegas das duas turmas a que pertenciam. Com a chegada do verão, a ideia foi maturada e começou a ganhar alguma forma, até ao dia em que cantaram na Escola Secundária de Paredes e onde, em cima do palco, estiveram 12 artistas ao invés dos primeiros três.

O tempo foi passando e os interessados foram aumentando até ao dia em que se juntaram 20 elementos e o grupo foi apelidado oficialmente como “Os artischtas”. Na base, continua a manter-se a sensação de serem apenas “um grupo de amigos”, e é com essa sensação de comunidade e oportunidade de “criar e nutrir fortes amizades” que os “artischtas” pretendem levar a música ao público.

“Todos os momentos em que estamos juntos são divertidas oportunidades de convívio, tendo já sido responsáveis por criar e nutrir fortes amizades. Para além disso, procuramos fomentar em contexto fora ensaio, escola e trabalho a união entre os elementos do grupo. Já organizamos, com uma pequena porção do grupo, algumas saídas, nomeadamente à Casa da Música, para assistir a concertos de excelente qualidade. Nestas ocasiões, juntamente com o convívio, é proporcionada a oportunidade de ouvir grandes obras, executadas por grandes instrumentistas. Para a nossa formação como músicos, ouvir boa música é crucial“, explica David Moura, em entrevista ao Jornal A VERDADE, garantindo que a opinião é partilhado pelos seus colegas de banda e amigos.

Ao contrário de outros grupos, David Moura confessa que a história associado ao nome “Os Artischtas” é “francamente pouco interessante”, mas decide contá-la. “Por motivos que ainda não compreendo plenamente, veio-me à mente o nome que temos agora: uma mutação da palavra “Artista”, numa espécie de caricatura da pronúncia portuguesa, que frequentemente converte os “-s” em “-x” ou “-ch” ou ainda “-sch”, a grafia que escolhi. No entanto, em retrospeção, reconheço que tal escolha, pelo menos inconscientemente, talvez não terá sido perfeitamente inocente ou filha do acaso como havia presumido. O nome “Os Artischtas” chama, indiretamente, à atenção para uma das várias idiossincrasias que constituem a nossa língua portuguesa, peculiaridades estas que também são marcantes no projeto, que, para mim, tal como acontece no português, fica mais rico por as ter. Como o nome sugere, não somos um grupo nada comum, e ficamos a ganhar por isso”, partilha.

O grupo musical é composto por 20 elementos, onde se destacam Filipe Abreu e Luís Tadeu Silva, que para além de instrumentistas, são também membros da direção, bem como Pedro Monteiro que é diretor musical e maestro, ou, ainda, David Moura, Diogo Almeida, João Graça, Luís Silva e Miguel Silva responsáveis pelos arranjos. No entanto, cada um dos membros, instrumentos ou vozes são “fundamentais” para a constituição d’Os Artischtas.

Até ao dia 25 de Abril, os jovens paredenses tinham atuado apenas junto da comunidade escolar, mas no dia dos 50 anos da Revolução dos Cravos foi-lhes dada a oportunidade de atuar para outro tipo de público e, “felizmente”, partilham terem recebido “vários elogios”, à semelhança do que já acontecia na escola.

Daqui em diante, os jovens esperam continuar “a crescer, seja em qualidade musical ou no número de apresentações”. Embora ainda estejam em fase de “maturação”, os estudantes acreditam que estes são “os momentos em que definimos a nossa identidade, quer pessoal, quer musical”.

“Os Artischtas” adiantaram que se encontram a organizar dois espetáculos, um concerto de encerramento de ano letivo na Escola Secundária de Paredes, nos inícios de junho e, ainda, um no dia 15 de julho, como parte da programação das festas da cidade de Paredes.

Conheça a lista dos membros e instrumentos que tocam

Beatriz Rocha – Saxofone; Carolina Pacheco – Contrabaixo; Dário Dias – Trompete; David Moura – Guitarra; Diogo Almeida – Violoncelo; Diogo Martins – Trompete; Dinís Silva – Voz; Duarte Carvalho – Clarinete; Emanuel Garcês – Clarinete; Filipe Abreu – Percussão; Lara Magalhães – Oboé; Luana Fonseca – Trompa; Luís Silva – Piano; Mariana Pacheco – Oboé; Miguel Silva – Violino; Paulo Rodrigues – Percussão; Pedro Monteiro – Trompa; Samuel Teixeira – Violoncelo; Simão Dias – Tuba; Tomás Moreira – Violino; Vasco Cardoso – Trompa.

Pode acompanhar o trabalho desta banda paredense através do Instagram (os.artischtas).