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Esta quarta-feira, dia 1 de março, celebra-se o Dia Internacional da Proteção Civil que, de acordo com o Governo, visa “alertar e sensibilizar para a importância da proteção civil na salvaguarda da vida humana, da propriedade e do património cultural e ambiental, face à ocorrência de acidentes graves e catástrofes, e de prestar tributo a todos os seus agentes”.

Mas será que a população tem presente de que agentes se trata quando falamos em proteção civil e quais as competências que lhes estão atribuídas?

De forma a responder a esta e outras dúvidas, o coordenador municipal de proteção civil de Paredes (nomeado no final de 2022), Miguel Rodrigues, explica qual o papel de um serviço que se assume “fundamental” para o “bem-estar e segurança” dos munícipes.

No que diz respeito à autarquia, cabe a esta a função de “fazer uma articulação” com os agentes locais de proteção civil do concelho, como bombeiros, forças de segurança, cruz vermelha, delegações de saúde. ”Por exemplo, em dias de mau tempo, temos a responsabilidade de emitir os comunicados/alertas e prestar todo o apoio à população e aos agentes”, descreve.

Tendo em conta todas as entidades que integra, a Proteção Civil apresenta-se como uma área “prioritária” dos municípios, que são a “peça-chave da equação. O socorro são os bombeiros que o prestam, mas a câmara dá todo o apoio e tem todas as competências para criar condições para que estes agentes cumpram a sua função”, garante Miguel Rodrigues.

“Os fenómenos acontecem mais vezes e com mais gravidade”

Quanto aos desafios atuais da sociedade, esses vão-se apresentando ao longo dos anos, mas será que hoje são maiores? O coordenador não tem dúvidas de que “os fenómenos acontecem mais vezes e com mais gravidade”, ‘obrigando’ o serviço municipal de proteção civil a repensar a forma de atuação. “Surgiram situações novas, para as quais não estávamos, como o caso da pandemia. E o que se tem verificado é que, cada vez mais, há uma maior frequência, ou seja, acontecem mais e com grau de gravidade maior. Portanto, tem -se notado, em termos genéricos, que há uma evolução nesse sentido”.

Há 16 anos que contacta com esta realidade e garante que há uma “preocupação” em conseguir responder a esses novos desafios. “Temos de estar sempre preparados e tentar antecipá-los. Um exemplo é a questão dos sismos na Turquia. Felizmente em Portugal não temos tido esse problema, mas vendo essas situações vamos tentando ajustar-nos a essas realidades e arranjar maneiras de conseguir minimizar esses problemas”, sublinha.

Câmara Municipal de Paredes aposta na prevenção

Enquanto coordenador municipal de proteção civil, Miguel Rodrigues reconhece que a prevenção é uma das responsabilidades do município, principalmente no que aos incêndios diz respeito. “O nosso papel é alertar a população para este flagelo. No município existe um gabinete técnico florestal que tem competências no âmbito das florestas e foi criado com objetivo de dar apoio nestas questões dos incêndios rurais, na prevenção, no apoio ao combate e nas ações de sensibilização”, explica.

Nesse sentido, têm vindo a ser desenvolvidas no concelho campanhas de sensibilização através das redes sociais e de sessões presenciais de esclarecimento em parceria com outros agentes que estão associados ao sistema (GNR, Núcleo de Proteção do Ambiente, Unidade Especial de Proteção e Socorro, Bombeiros, e juntas de freguesia). “Andamos a verificar as situações dos acessos, da rede viária florestal, para perceber onde é necessário fazer intervenções. Já avançamos com esse trabalho de prevenção”.

Miguel Rodrigues não tem dúvidas de que a prevenção é o segredo “para minimizar os efeitos dos incidentes quando estes ocorrem”.

O Dia Internacional da Proteção Civil tem como objetivo sensibilizar a população, um propósito “que é sempre necessário para não cair no esquecimento e na desvalorização dos problemas que vão continuar a acontecer”, frisa. 

Os agentes têm competências e responsabilidades para atuar na ocorrência de acidentes e catástrofes, mas na visão do coordenador “a proteção civil somos todos nós. Cabe a todos nós fazermos o nosso trabalho para uma proteção civil sólida e coesa”, conclui.