Por questões de personalidade, moda ou influência das redes sociais, são muitas as pessoas que escolhem marcar o corpo para sempre, independentemente do género, idade ou estatuto social. Assim o comprova Jordana Pardo, que há cinco anos se dedica a esta arte.
Licenciada em Artes e Design, a tatuadora de 32 anos passou por Espanha, Roménia e Suíça, onde fez “trabalhos que não têm nada a ver com arte e design”, mas manteve o “hobby das pinturas“. Depois de “algumas experiências fora de Portugal”, e por sugestão da irmã, decidiu abraçar o mundo das tatuagens e dar forma a uma “paixão” pela arte que se estende “aos quadros e pinturas a óleo. Fora do país sempre consegui viver um bocadinho disso, em Portugal é que não. Então a minha irmã aconselhou-me a dedicar-me às tatuagens”, conta.
No regresso a Portugal, a primeira paragem foi no salão de cabeleireiro do marido e, há dois anos, abriu o Art Tattoo Station em Marco de Canaveses. “Abrir o meu espaço foi uma boa aposta e se correr mal, a vida é assim. Não dá aqui, dá noutro sítio”, diz Jordana Pardo. A procura tem sido “muita”, motivo que levou “à mudança de horário. Sempre tive o negócio a funcionar em part-time, mas em dezembro decidi alargar e, agora, estou a tempo inteiro”.
Enquanto tatuadora, diz não se “associar a um estilo específico. Faço um pouco de tudo, e tento adaptar-me ao gosto do cliente”. E, relativamente aos orçamentos, “não existe diferença no estilo, apenas no tamanho”, explica.
No Art Tattoo Station, a segurança e a higiene são uma “preocupação constante” de Jordana Pardo, que privilegia “sempre o material descartável. Faço sempre tudo à frente do cliente, porque eu também sou cliente. Na tatuagem estamos a mexer com a pele, por isso não pode ser feito de qualquer forma”.
Segue-se a “sinceridade” de quem está a realizar o trabalho e de quem quer “ter uma boa situação profissional e ser reconhecida por ser correta. Às vezes chego a casa, a tatuagem está bem, mas fico a pensar e, muitas vezes, peço à pessoa para vir à loja retocar. Gosto de seguir os meus clientes. Aliás, no fim da tatuagem dou um kit, gosto que me enviem uma fotografia três dias depois, para perceber se estão a cuidar da tatuagem. Há uma relação de proximidade“.
Aos clientes, “dos 18 até aos 70 anos”, faz questão de “mostrar novas ideias”, porque gosta que “façam coisas diferentes, que olhem para o trabalho como algo especial e que não se arrependam no futuro. Muitos pensam que se tatua por vaidade, mas não, muitas vezes as pessoas fazem-no para disfarçar alguma coisa que não gostam, por exemplo”, garante.
A tatuadora destaca, ainda, a relação de “confiança” que estabelece com cada pessoa e o “à vontade” que recebe como feedback. “Gosto que as pessoas se sintam bem e que confiem. Tenho clientes que vão ao espaço só para me cumprimentar”.
Para o futuro, os sonhos são “vários”, entre “estudar dermatologia” e ser “reconhecida como artista plástica”. Por agora, sente-se “feliz e realizada” e “pronta a atender da melhor forma” quem a procura, “seja fisicamente, seja nas redes sociais”.
No Art Tattoo Station, para além do serviço de tatuagens e body piercing, poderá fazer micropigmentação labial, micropigmentação de sobrancelhas – técnica fio a fio e shadow, preenchimento labial com ácido hialurónico, e tratamento com enzinas (lip/colagénio/ácido hialurónico).
O espaço fica localizado na Alameda Dr. Miranda da Rocha 24, em Marco de Canaveses.
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