a fabrica de natal que faz sorrisos
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Humberto era uma criança triste, pois no Natal não tinha alegria. Seu pai era pobre pedinte, a mãe, mulher de parcos recursos, sempre preocupada em que à mesa não faltasse nada, muito menos, na ceia de Natal.

Contudo as dificuldades eram grandes, pois após as rabanadas e aletria para adoçar e a mesa de Natal ornamentar, sobrava pouco para as prendas de Natal.

Certa noite, Humberto, ia à casa de banho, quando ouviu seus pais a conversar, que este ano não tinham dinheiro para prendas e, doçaria que Humberto, estava a contar.

– Como vamos fazer? – pergunta Inês, mãe de Humberto, sempre preocupada para que nada faltasse ao seu filho.

– Temos que nos ajustar! – responde Pedro, ao ver que o dinheiro não chegava para tudo.

– Já sei! Vou pedir para na pastelaria trabalhar, fazer bolos-rei e rabanadas, nesta altura, todas as mãos são bem abençoadas. – responde Inês.

Inês, vai falar com o senhor Raimundo, dono da pastelaria, que aceita a proposta de Inês, deixando-a lá trabalhar, até à noite da consoada.

O tempo passou…

É dia de consoada, e a D.Inês, estava num misto de emoções, pois apesar de ter ganho algum dinheiro, não podia proporcionar a Humberto a alegria que cria, e seu marido continuaria na mendicidade.

– Estás triste Inês? O que se passa? Que posso fazer por ti? – pergunta o senhor Raimundo, sempre generoso.

– É que meu marido, é um pobre desgraçado, anda de mão estendida por todo o lado, é sempre rejeitado, por já não estar no auge da juventude. – responde Inês, apoquentada.

– Bem, se ele quiser, podes dizer-lhe, que mais braços vão ser precisos na pastelaria. – diz o senhor Raimundo.

Inês ao ouvir as generosas palavras do senhor Raimundo, até as lágrimas lhe vêm aos olhos de emoção.

No dia seguinte Pedro apresentava-se ao serviço perante o senhor Raimundo, com uma alegria que nem Inês até aí conhecia.

Pedro e Inês, lá conseguiram angariar algum dinheiro de forma a que este deixasse a mendicidade e até pudessem comprar uma prenda de Natal para Humberto.

Chegado ao dia de Natal, Humberto estava triste, pois estava conformado com o facto de não receber nada, todavia, para sua alegria, os seus pais compraram-lhe um pequeno brinquedo de madeira, o que foi motivo de êxtase para o pequeno Humberto.

Assim que se iam deitar, Pedro, repara na soleira da porta, havia um envelope, dirigido ao Humberto.

Pedro ficou curioso, pois sabia que Humberto não sabia ler, abriu a carta e viu dentro uma nota de €100, e uma carta a dizer: 

Que seja o início de muitos anos com Boas Festas, Um abraço amigo.
Assinado: Raimundo.