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“Tenho a certeza de que esta é uma marca que vai ficar para o futuro do nosso município, para o futuro do Piaget Angola e para o futuro de Benguela”. Foi desta forma que Antonino de Sousa, presidente da Câmara Municipal de Penafiel, descreveu a assinatura do protocolo de colaboração internacional entre o município penafidelense e o Piaget Angola.

A assinatura aconteceu na manhã desta sexta-feira, dia 25 de agosto, no salão nobre da Câmara Municipal de Penafiel e contou com a presença da coordenadora dos projetos sociais da AIPA do Instituo Piaget de Angola, Ana Perez, do reitor do Instituto Piaget de Benguela, Carlos Pacatolo, e da administradora municipal de Benguela, Paula Marisa Correia.

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Esta ligação começou com a internacionalização do Festival Escritaria, que permitiu “aproximar os povos”, referiu o presidente da câmara de Penafiel. “Foi através do Escritaria que estas parcerias, a que já está celebrada e a que se vai celebrar, aconteceram. Não apenas, porque como aqui já foi referido, temos um penafidelense em Benguela que é um grande entusiasta desta aproximação dos nossos territórios, mas foi sobretudo por termos tido, no nosso festival literário, um escritor de Benguela, o Pepetela, que é exatamente desta província. Isso foi muito positivo para o arranque desta aproximação”, disse.

A referida edição do Escritaria “correu muito bem”, o que ajudou também na evolução desta relação para outras áreas, que hoje foram formalizadas. “O protocolo tem presente esta questão do Escritaria, porque o Piaget de Angola pode-nos ajudar imenso no objetivo da internacionalização do festival, mas também há outras áreas de cooperação, nomeadamente na questão de estágios para alunos do Piaget, aqui no nosso município, nas suas áreas de formação, um contacto com uma realidade diferente e que vai poder ser útil depois, não apenas para a vida profissional desses mesmos alunos, mas até para apoiarem o desenvolvimento da sua comunidade, da sua cidade e do seu país”, disse.

Para além disso será também levada para Angola a Biblioteca Móvel. “Temos um a funcionar no nosso município há muitos anos, tem ganho vários prémios pelo trabalho tão positivo que faz e, por isso, quando a Dra. Ana Perez me falou desse objetivo de levarem, através de um bibliomóvel, os livros, sobretudo àquelas populações mais distantes, eu achei a ideia encantadora. De facto, neste domínio, podemos dar um grande contributo, fazêmo-lo sem grande esforço e, sobretudo, com muito gosto, porque também o fazemos cá no nosso município. O importante é dar este passo, ter esta iniciativa, porque depois as coisas podem evoluir de uma forma mais expressiva”, disse.

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Por fim, na área da comunicação, o município também ajudará o Instituto Piaget de Angola. “Hoje o que não é comunicado, não existe e as plataformas que hoje estão tão presentes, as digitais, são fundamentais para quem quer comunicar com o mundo, temos já uma experiência muito grande nessa área, através do nosso gabinete de comunicação e podemos também colaborar com o Piaget,  São vários domínios nos quais achamos que podemos cooperar, não são coisas nada complicadas e eu pessoalmente acho que é assim que devemos começar, pelo que é simples e exequível. Se correr bem assim, vamos poder a seguir fazer mais e melhor. Foi um primeiro passo muito importante”, finalizou.

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Ana Perez, coordenadora dos projetos sociais da AIPA do Instituo Piaget de Angola, destacou a importância deste protocolo para o instituto que representa. “Para nós é tremendamente importante fazer cooperação com a nossa casa mãe, que também está em Portugal. Em Benguela temos um conjunto de projetos de intervenção comunitária, desenvolvimento local, designadamente bibliotecas, projetos com a comunidade, onde vamos levar aqui este grande projeto da Escritaria, é esta a parte que nos orgulhamos, é podermos levar este belíssimo projeto para Angola e também para outros PALOP onde temos expressão”, frisou.

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Por sua vez, o reitor do Instituto Piaget de Benguela, Carlos Pacatolo, afirmou que este protocolo é uma forma de “dar oportunidade aos jovens de virem estagiar em Portugal. De virem pôr em prática os conhecimentos que adquirem ao longo da sua formação. É.sem sombra de dúvidas, dar-lhes a possibilidade de estarem melhor capacitados para os desafios do mundo profissional. Virem de um país de diferente dá uma visão diferente daquilo que é a teoria, dá uma visão diferente de como os processos teóricos, uma vez traduzidos em prática podem resultar na melhor qualidade do profissional, mas também na melhoria dos processos em que eles estarão envolvidos, uma vez inseridos no mercado de trabalho”, finalizou.

Por fim, Paula Marisa Correia, administradora regional de Benguela, defendeu que este protocolo transfronteiriço, “é uma vantagem muito grande para nós, enquanto província de Benguela, Município de Benguela, em particular, porque vamos começar com uma cooperação com o Município de Penafiel, naquilo que a nós diz respeito em termos infraestruturais, mas principalmente na capacitação dos recursos humanos”, constatou.

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Em jeito de conclusão, a administradora apontou que “qualquer que for o projeto sem que primeiro possamos potenciar, comprometer e capacitar os nossos recursos humanos, não teremos o sucesso esperado. Esta cooperação para nós é uma mais valia, este primeiro passo para conhecer realmente, aferir as áreas que podemos celebrar o protocolo com Penafiel, beber desta experiência de Penafiel é muito benéfico para nós”.