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Na tarde deste sábado, dia 25 de fevereiro, o PSD Baião abandonou a reunião ordinária da Assembleia Municipal em protesto à intervenção do presidente da Câmara Municipal de Baião, Paulo Pereira.

Esta atitude, segundo o PSD, surgiu no seguimento do presidente ter apelidado os sociais-democratas como “coitados” e mencionado “a desonestidade intelectual” partindo do pressuposto que “é quando temos acesso a tudo e percebemos, mas só falamos daquela parte que nos interessa”.

A líder da bancada do PSD, Ana Raquel Azevedo, abordou a “ética na política”, tendo por base o assunto da contratação de funcionários municipais da câmara, referindo que alguns são membros das listas do Partido Socialista e outros familiares de membros do executivo.

Perante esta questão, o autarca referiu que a proposta “foi arrasada” pelo Tribunal Administrativo e Fiscal de Penafiel, referindo que esse documento é que “clarifica” os valores da “ética, transparência e aproximação” que o PSD elencou para referir a “falta deles” no executivo atual.

Após a intervenção do edil, Ana Raquel Azevedo, foi ao púlpito dizer que “perante o chorrilho insultuoso do presidente da câmara, a bancada do PSD, em protesto, abandona a sessão”.

Antes, a líder do PSD tinha ressalvado que “não está em causa a legalidade dos concursos” camarários, mas que parecia que existia “um requisito obrigatório que ficou por publicar que era o candidato ao emprego tinha de ser PS. Não é uma acusação, é uma constatação. A ética está acima da legalidade”, disse Ana Raquel. Complementando que o que aconteceu hoje “foi muito grave. Talvez hoje o senhor presidente também tenha mostrado o nível dele”.

Para Paulo Pereira as acusações do PSD “são a fuga para a frente, depois do Tribunal Administrativo e Fiscal de Penafiel ter arrasado a proposta do PSD” que visava impedir a contratação de pessoas que tivessem participado nas listas de candidatos às eleições autárquicas.

“Pensei que tivessem lido aquela sentença e percebessem que não era preciso dizer mais nada. Lamento muito estas questões”, afirmou o autarca, questionando: “Quem é que é o PSD, hoje? Até podia dizer mais, ao que chegou o PSD (…) que atira a pedra e esconde a mão, de desonestidade intelectual de quem não se enxerga e não é consequente”.