alcool
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O próximo ano vai arrancar com o desafio “Janeiro Sem Álcool – 31 Dias Sem Álcool”, promovido pela Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF), que irá decorrer nas redes da associação no primeiro mês de 2023.

Desta forma, a associação volta a apelar através de uma “ação nacional de consciencialização para a doença hepática alcoólica, uma consequência que advém do elevado consumo de álcool”.

A associação refere que a época de Ano Novo pode ser de “excessos” e, por isso, 2023 requer “novos hábitos”. Assim o objetivo é que as pessoas ” adotem um estilo de vida mais saudável durante todo o ano”. José presa, presidente da APEF alerta para o consumo de bebidas alcoólicas entre os mais novos: “O consumo de bebidas alcoólicas por parte dos jovens, sobretudo relacionado com a vida noturna e social, é preocupante e, por isso, deveria motivar uma intervenção por parte das autoridades reguladoras. É primordial que a população adulta pense também nos seus comportamentos a nível social e nas consequências que os mesmos trazem para a sua saúde; e que alertem os jovens para os riscos do consumo de bebidas alcoólicas”.

31 dias sem alcool janeiro 2023

Acrescentando que “o elevado consumo de álcool traz consequências graves em termos de saúde, nomeadamente para o fígado, como: fígado gordo, hepatite alcoólica e cirrose hepática; ou consequências indiretas como as resultantes dos acidentes de viação, por exemplo. Estas situações, quando não tratadas ou prevenidas, lesam gravemente a saúde e podem, até, levar à morte. É possível viver sem álcool, não invalidando que as pessoas não se possam divertir, relaxar ou socializar”, termina.

A iniciativa “Janeiro Sem Álcool”, promovida pela Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado, decorre desde 2013 em vários países já em em Portugal a campanha é promovida pela segunda vez.

Segundo os dados do relatório do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), de 2020, o consumo de álcool é mais elevado por parte dos homens, com 19,5 litros de puro álcool per capita por ano, do que das mulheres, que consomem 5,6 litros. Para além disso, nesse ano foram registados 36.799 internamentos hospitalares, com diagnóstico principal e/ou secundário atribuíveis ao consumo de álcool, envolvendo 27.238 indivíduos em Portugal. Os dados referem ainda que, em 2019, morreram 2.507 pessoas por doenças atribuíveis ao álcool, 27% das quais por doenças atribuíveis a doença alcoólica do fígado.