A atividade “Aldeia da Roupa Branca”, integrada no projeto Ó (B)izinha Anda Cá Ver Isto!, deu uma nova vida às aldeias do Couto Mineiro Pejão. Sete lavadouros foram intervencionados e pintados com imagens representativas da época das Minas do Couto Mineiro Pejão, em que, para além do trabalho mineiro, as mulheres passavam grande parte do tempo a lavar a roupa à mão.
Após um trabalho de investigação, liderado por Paulo Martins, o artista contemporâneo Fábio Machado, mais conhecido como ‘Send’, foi o responsável pelas sete obras de arte e em cada uma delas retratou a sua “inspiração nas aldeias de xisto em Gondarém ou na linha de ferro que transportava o carvão em Folgoso”, deixando um “traço característico da área envolvente”, revela em entrevista ao Jornal A VERDADE.
Para a elaboração do trabalho foi necessária uma “adaptação da pintura”, conta o artista que teve como base para os trabalhos “fotografias e a histórias por detrás delas”, assim como a “ajuda” da associação Centro Sol Nascente.
Há mais de 20 anos que ‘Send’, natural de Rio de Galinhas, concelho de Marco de Canaveses, se dedica a esta arte e trabalhos como este “são sempre um crescimento pessoal. É bom saber mais sobre a história e quando fazemos este tipo de trabalho, aprendemos sempre”.
A “Aldeia da Roupa Branca” é uma das atividades do projeto “Ó (B)izinha anda cá ver isto”, promovido pelo Centro Sol Nascente em parceria com o Município de Castelo de Paiva e a União de Freguesias de Raiva, Pedorido e Paraíso e está integrada no programa nacional Bairros Saudáveis.
Vítor Gomes, um dos responsáveis pelo projeto do Centro Sol Nascente, conta que a iniciativa “surgiu de uma candidatura ao programa Bairros Saudáveis. Ficamos em décimo lugar, num total de mais de 700”.
Com esta iniciativa, o Centro Sol Nascente espera que a rota seja “um atrativo extra” a quem visita o local.
Para o artista contemporâneo “seria importante, outras entidades, seguirem o exemplo desta iniciativa que pode ser uma montra e um cartão de visita para Castelo de Paiva”.
