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A solidariedade é já uma rotina na família Leal que começou o ano de 2022 dedicada a ajudar o próximo. Em julho de 2022, o penafidelense Vitorino Leal, a esposa e os dois filhos decidiram, com mais dois casais (um de Santa Maria da Feira e outro de Marco de Canaveses), reunir material escolar para fazer chegar até uma escola primária localizada em Cabinda, Angola.

Reunido todo o material e a vontade destas famílias, chegou o dia tão esperado. A 2 de janeiro o grupo deu início à viagem humanitária. “Nós e os nossos amigos saímos de Lisboa e connosco levamos 27 malas carregadas de material escolas e bens de primeira necessidade, higiene, alguns medicamentos e levamos também algum dinheiro de donativos feitos por amigos, família, patrões e clientes da Suíça (Yverdon) onde vivemos, e também do Marco de Canaveses, Oliveira de Azeméis, Penafiel e Coruche Branca”, explica a esposa.

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Este grupo de portugueses teve “o privilégio” de estar em contacto direto com a população residente, “pessoas muito pobres, mas muito acolhedoras. Fizeram-me lembrar o nosso povo português. Vivem numa estrema miséria, mas são muito bem dispostos e muito educados. Nunca vi ninguém a queixar-se”, recoda.

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Durante a viagem foram várias as experiências vividas e os contatos estabelecidos, entre eles com duas irmãs artistas. “A Alexandrina desenha maravilhosamente e utiliza simplesmente um lápis e uma borracha. A irmã, a Graça escreve versos e histórias que vai guardando na sua gaveta. As duas jovens viveram muitos anos num orfanato e agora vivem com uma tia. Estão a estudar e quem lhes paga os estudos é o padre Alexandre . Queremos mostrar e valorizar os seus trabalhos e até talvez que alguém se interesse nos seus trabalhos”.

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O analfabetismo é uma problemática que atinge grande parte da população angolana e este grupo destaca o papel do Padre Alexandre. “A missão dele é fazer com que todas as crianças pobres possam ir à escola. Ele criou uma associação para puder ajudar essas crianças e, por vezes, é o próprio que paga o necessário com o seu salário”, explica.

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Na viagem de volta o sentimento é de dever cumprido e deixam palavras de “agradecimento a todos aqueles que fizeram com que as malas chegassem bem cheias aquela escola em Chibodo, uma aldeia da província de Cabinda (Angola), que recebe, sobretudo, crianças desfavorecidas”, frisa.

Para se juntar a esta iniciativa (Associação Enfants du Cabinda) “e ajudar nem que seja só com um euro”, pode fazê-lo através do IBAN CH36 0900 0000 1403 3657 6.

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