O Serviço de Atendimento Permanente (SAP) no Centro de Saúde de Baião está sem médicos para atender os utentes que recorrem a esta unidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Em comunicado, PCP e PSD de Baião denunciam a situação.
Em nota enviada às redações, o PCP revela que teve conhecimento de que o Serviço de Atendimento Permanente (SAP) se encontra sem médico “desde a passada sexta-feira, dia 30 de dezembro de 2022. Numa altura em que a população aumenta no concelho, pelos emigrantes que vieram passar a época natalícia com as suas famílias, e num momento em que estamos perto de atingir o pico das infecções gripais, achamos inaceitável que este serviço de atendimento permanente esteja tantos dias sem médico”, sublinha.
O PCP ressalva que o SAP do Centro de Saúde de Baião “deveria ter um funcionamento de 24 horas, mas há dias inteiros em que não funciona, porque o médico escalado para o serviço falta e não há quem o substitua”, frisa.
Estes constrangimentos fazem com que “os utentes tenham de se deslocar ao Centro Hospitalar Tâmega e Sousa para tratar patologias que poderiam ser tratados no centro de saúde do seu concelho, transformando as urgências num caos e aumentando o tempo de espera para ser atendido”.
Por sua vez, o PSD Baião sublinha, em comunicado, que se trata de uma situação “inaceitável” e exige “uma tomada de posição enérgica da câmara de Baião”, frisa a presidente Ana Raquel Azevedo.
Face a esta situação, para Paulo Portela, vereador do PSD, o município “tem de pedir explicações” ao ministério da saúde, concretamente à ARS Norte que tutela este serviço de saúde “no sentido de obter cabais explicações para a reiterada falta de médicos neste serviço“.
Como é referido na nota enviada pelo PSD, “sem médico no SAP os utentes têm de se deslocar para outros concelhos vizinhos como Resende, Cinfães ou em último recurso às urgências hospitalares de Penafiel e Amarante percorrendo distâncias muito consideráveis”.
Em reposta ao pedido de esclarecimento feito pelo Jornal A VERDADE, e no que diz respeito à falha no SAP, a Câmara Municipal de Baião refere “cumpre esclarecer que a autarquia, embora o assunto não seja da sua responsabilidade direta, está atenta à situação, tendo alertado quer o ACES – Tâmega I, quer o Governo, para o problema, que se agudizou nas últimas semanas por todo o país, esperando desenvolvimentos favoráveis nas próximas semanas”.
O município frisa que apesar de “não ter responsabilidade direta” nas situações relativas à colocação de médicos, “continuará, como sempre, a acompanhar todas as situações relativas aos cuidados de saúde dos baionenses, desenvolvendo todos os esforços e meios ao seu alcance para a manutenção e melhoria dos serviços, no sentido da melhor qualidade de vida da nossa população”.
O Jornal A VERDADE tentou entrar em contacto com o ACES Tâmega I – Baixo Tâmega, para obter esclarecimentos sobre o assunto, mas, até ao momento, não teve resposta.
