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A Câmara Municipal de Paredes aprovou, no dia 21 de abril, o relatório de contas de 2022, documento que revela a “redução da dívida em atraso a fornecedores em cerca de cinco milhões de euros”.

No ano de 2018, de acordo com a autarquia, a dívida apresentada era de 5.862.159,00 de euros; no ano seguinte fixava-se nos 3.688.411,00 de euros; em 2020 desceu para 2.749.680,00 de euros; em 2021 reduziu para 1.397.152,00 de euros; e no ano transato o valor era de 893.532,04 de euros. Contas que “confirmam” a redução dos “pagamentos em atraso, que são os pagamentos em débito aos fornecedores, a mais de três meses”, referiu o presidente da Câmara Municipal de Paredes, Alexandre Almeida.

Os valores apresentados refletem, para o executivo municipal, “o grande controlo que estamos a fazer no endividamento da câmara” e traduz “um enorme esforço de investimento, sempre com a preocupação de obter financiamento comunitário e, como tal, garantir um equilíbrio das contas, para nunca comprometer o desenvolvimento futuro do concelho”.

Na nota enviada pelo município, Alexandra Almeida destacou o investimento realizado em 2022, ano em que se realizaram “muitas obras com apoios do quadro comunitário Portugal 2020” e outras que contaram “com o apoio do PRR – Plano de Recuperação e Resiliência, como é o caso das habitações sociais que estamos a construir”

Apesar do “grande volume” de investimento realizado, o autarca referiu que no final de 2022, “não havia dívida a qualquer empreiteiro de obra em curso. Este enorme esforço de redução da dívida foi feito num contexto de impostos municipais no mínimo, como é o caso do IMI (0,3%)”.

Na conclusão dos valores apresentados, Alexandre Almeida garantiu que os resultados se devem “à gestão transparente, rigorosa, eficiente e eficaz dos dinheiros públicos e numa preocupação constante de fazer os investimentos necessários para Paredes”.

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PSD Paredes votou contra o Relatório de Gestão e Contas

Os vereadores do PSD mostraram o “descontentamento” e votaram contra o Relatório de Gestão e Contas do município de Paredes relativo ao ano de 2022. Em comunicado, o partido manifestou-se “contra o aumento de impostos, a diminuição do apoio social e às famílias, o aumento da dívida para mais de 56 milhões e do passivo, que no total se aproxima dos 200 milhões”.

De acordo com o PSD, em 2022, a população do concelho de Paredes suportou “uma carga fiscal num nível nunca antes visto. As contas apresentam um resultado de -2,443 milhões de  euros (o que representa uma degradação de 6,45%), apesar do aumento face ao ano anterior, de impostos de 15,462 milhões de euros e da descida das Prestações Sociais de 5,74% face a 2021 e das Transferências para as Famílias de 5,92%”.

O partido alertou para outros valores apresentados, “a receita com o IRS que coube ao município aumentou 7,57% para 2,183 milhões de euros”, assim como as despesas correntes que “aumentaram na ordem dos oito milhões de euros e o valor recebido referente à Transferência de Competências é da ordem dos 7 milhões”. Nesse sentido, sublinha o “aumento das despesas correntes de cerca de um milhão de euros que não pode ser justificado com a Transferência de Competências”.

Avaliando os valores apresentados, o PSD Paredes garante que a Câmara Municipal de Paredes “cobra impostos como nunca, diminui as verbas do apoio social, aumenta a dívida para mais de 56 milhões e um passivo que no total se aproxima dos 200 milhões de euros”, concluiu.

Artigo atualizado às 16h37 do dia 27 de abril de 2023.