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Ser professor foi um objetivo que surgiu “pelo interesse em compartilhar conhecimento e ajudar outras pessoas a aprenderem”, recorda Jorge Araújo, docente no Agrupamento de escolas Carmen Miranda, desde 2002.

Esses foram os motivos que o levaram a seguir a carreira, aos quais se junta “o desafio de descobrir, constantemente, maneiras criativas e eficazes de ensinar e facilitar o aprendizado” e a crença de que a educação “é uma ferramenta poderosa para transformar a sociedade e contribuir para um mundo melhor. Ser professor permitiu-me fazer parte desse processo e impactar, positivamente, a vida dos meus alunos. Em resumo, ser professor é mais do que uma profissão, é uma vocação e um propósito de vida”, garante Jorge Araújo.

Ser professor é mais do que uma profissão

Mas a carreira de docente sempre foi um sonho? Nem sempre, porque o agora professor poderia ter sido piloto da força aérea. Um sonho de uma criança que sempre foi “apaixonado pela aviação e pela sensação de liberdade que voar proporciona. Infelizmente, por ser um apaixonado pelo local onde residia (Vinhais), deixei esse sonho para trás para não me distanciar da família e do local que ainda hoje amo”, explica.

Jorge Araújo confessa-se um “apaixonado pela natureza” e, por isso, dedicou-se “por inteiro” à carreira de professor. “Por incrível que possa parecer acabei por ter de me distanciar da família e da minha localidade de residência, porque Trás-os-Montes tornou-se num local sem oportunidades para lecionar”, confessa.

Apesar dos desafios pelo caminho, eu não mudaria nada

Atualmente a lecionar as disciplinas de matemática e ciências naturais, o professor de 48 anos, natural de França, olha para trás e não tem dúvidas de que se sente “feliz” pelas escolhas que fez até então, porque o levaram onde está agora, “a um lugar de satisfação e realização. Cada passo que dei foi importante para moldar quem eu sou hoje e, apesar dos desafios pelo caminho, eu não mudaria nada. Todas as escolhas que fiz trouxeram-me até aqui e estou feliz com o resultado. Sou grato por todas as experiências, boas e ruins, que me ajudaram a crescer e me tornaram a pessoa que sou hoje”.

Ao Jorge que estava numa fase de tomada de várias decisões, nomeadamente profissionais, diria que numa tomada de decisão profissional, “é importante considerar todos os aspetos e consequências envolvidas. É essencial estar bem informado, pesar os prós e contras, ouvir opiniões de colegas e mentores e seguir a intuição. Cada decisão tem as suas próprias ramificações, por isso é importante estar preparado para lidar com elas da melhor maneira possível. No final, confia em ti mesmo e nas tuas capacidades para tomar a decisão correta e não fujas dos desafios, enfrenta os medos e dá o teu melhor“.

14 de março: Dia Internacional da Matemática

No passada quinta-feira assinalou-se o Dia Internacional da Matemática, – uma área que leciona há mais de 20 anos – uma data estabelecida pela UNESCO em 2019, com o objetivo de reconhecer a importância da matemática na sociedade e promover a relevância e impacto no mundo.

Na perspetiva de Jorge Araújo, a data é uma “oportunidade para destacar a beleza e a importância desta ciência, incentivar o estudo e promover a aplicação em diversas áreas, como na ciência, tecnologia, engenharia, economia, entre outras. É também uma forma de homenagear os matemáticos e cientistas que contribuíram para o desenvolvimento da matemática ao longo da história”, sublinha.

Destacando os colegas de profissão, Jorge Araújo enaltece “um excelente leque de professores de matemática que recorrem a uma variedade de estratégias que visam fomentar o gosto pela disciplina em todos os alunos. Por vezes, não é uma tarefa fácil, mas nós somos uma classe persistente e nas aulas tornamos a matemática relevante, apresentamos problemas reais, utilizamos recursos tecnológicos, incentivamos a colaboração, elogiamos, realizamos atividades práticas e lúdicas, relacionamos a matemática com outras disciplinas e estimulamos a curiosidade“.

A terminar, o professor considera a matemática uma ferramenta “essencial para resolver problemas em diversas áreas do conhecimento, como física, engenharia, economia e computação” e uma das disciplinas “fundamentais para o desenvolvimento do pensamento lógico e crítico“.