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Há praticamente 24 anos que Arlindo Pinto é um dos responsáveis por assegurar a higienização do município de Penafiel, tornando-o num dos funcionários mais antigos da casa. 

Perto dos 58 anos, o homem natural de Penafiel, destaca que “continuo a gostar daquilo que faço. De momento, estou na recolha de resíduos sólidos urbanos”. Apesar de afirmar que “há pessoas para tudo”, Arlindo Pinto destaca que “a população dá muito valor aquilo que fazemos, não sentimento desrespeito”. 

A si têm se juntado vários jovens, na visão de Arlindo Pinto “felizmente continuamos a ter pessoas interessadas nesta área e a querer colaborar”, já que este é um serviço que é necessário assegurar todos os dias, sem exceção.

Neste sentido, Elsa Rocha, chefe de divisão do Ambiente e Transportes da Câmara Municipal de Penafiel, explica que as equipas trabalham por turnos rotativos mensais: manhã (06h00-12h00) e tarde (13h30-19h30), de forma a assegurar a “limpeza e manutenção” da cidade. 

Elsa Rocha é a coordenadora do departamento do Ambiente e Transportes e, por isso, é responsável por administrar todos os serviços que a divisão do ambiente presta no município de Penafiel, entre eles, recolha de resíduos sólidos, gestão da estação de transferência do ecocentro, recolha de monstros nas residências das pessoas, coordenação da sensibilização, coordenação da varredura, limpeza e higienização da cidade, dos edifícios públicos, incluindo centros de saúde e casas de banho públicas e, ainda, da manutenção e gestão de todos os espaços verdes do município.

Embora tenha a seu cargo a gestão de várias tarefas, Elsa Rocha destaca que “sem a ajuda dos trabalhadores e colaboradores não seria possível fazer esta manutenção. Não existia chefe de divisão se não existissem trabalhadores”.

Para que o trabalho decorre com sucesso é também necessário um contributo por parte da população, sobretudo, dos penafidelenses. Com base na sua experiência, Arlindo Pinto menciona que sente-se “respeitado e acarinhado” durante o trabalho.

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No entanto, ainda existem algumas “falhas”, por exemplo, no que à reciclagem diz respeito. “É um hábito que ainda não está enraizado”, diz Arlindo Pinto, acrescentando que “não é por falta de informação”, mas sim porque as pessoas “escolhem o caminho mais fácil. Os jovens já aprendem mais, mas nas pessoas mais velhas torna-se difícil mudar mentalidades”. 

Neste sentido, Elsa Rocha refere que “as pessoas meteram na cabeça que não estão para reciclar e pagam aquele valor de tarifa do lixo e já não está cá para fazer esforços. A comunidade mais jovem já está sensibilizada, mas só daqui a 15 anos, quando tiverem as suas próprias casas é que vão ter liberdade de escolha”, termina.

Elsa Rocha: “Queremos que ao domingo as pessoas acordem e tenham uma cidade limpa” 

Embora algumas dificuldades, os funcionários da autarquia de Penafiel continuam empenhados em realizar o melhor trabalho possível. Todos os dias fazem a limpeza a seis circuitos de RSUs e a toda a cidade, descarregam as papeleiras e higienizam as ruas paralelas à avenida principal, bem como, os edifícios públicos. 

Em alturas de festividades, tais como, S. Martinho, Corpo de Deus, Agrival, entre outros, reúnem-se de dez a 20 colaboradores no sábado à noite para garantir uma cidade limpa no dia seguinte. “Vimos trabalhar de noite porque queremos manter esta bandeira que é manter a cidade limpa e higienizada todos os dias de manhã. Queremos que ao domingo de manhã quando as pessoas acordam tenham uma cidade limpa”, finaliza Elsa Rocha. 

Arlindo Pinto, em conjunto com cerca de 125 funcionários, realiza turnos rotativos e trabalha ao fim de semana para “manter o alto padrão a que as pessoas estão habituadas”.