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O primeiro-secretário do Secretariado Executivo Intermunicipal, Telmo Pinto, e a chefe da Equipa Multidisciplinar de Políticas Públicas Intermunicipais, Ester Moreira da Silva, representaram a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Tâmega e Sousa, novamente, no projeto europeu PAISACTIVO – Paisagens corta-fogos, no dia 5 de abril, com uma visita à aldeia de Ostana (Piemonte), situada nos alpes italianos.

Recorde-se que este projeto tem como preocupações a “gestão ativa e sustentável do espaço rural e redução do risco de incêndios”. A visita de estudo nos alpes italianos foi organizada pela Universidade de Santiago de Compostela, um dos oito parceiros do projeto, e permitiu conhecer ‘in loco’ o processo de “regeneração e revitalização desta aldeia alpina, que tem vindo a ser implementado ao longo das últimas quatro décadas, e que é considerada uma boa prática italiana ao nível de gestão ativa do espaço rural, com evidente potencial de replicabilidade nas duas aldeias-piloto do projeto PAISACTIVO – Infesta (Monterrei, Galiza, Espanha) e Almofrela (Baião, Portugal)”.

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Aldeia de Ostana 

Ostana é uma pequena aldeia dos Alpes italianos, na região do Piemonte, situada a 1300 metros acima do nível do mar. No século passado, sofreu um forte processo de despovoamento, passando de 1200 habitantes, em 1921, para cinco, em 1985. Face a esta realidade, foi ativado um plano inovador de repovoamento, assente no trabalho da administração local e na cooperação público-privada, registando Ostana, atualmente, 80 habitantes e cerca de 500 turistas durante a época estival.

CIM do Tâmega e Sousa 

Ao olharem para aquela aldeia como um local destinado não só ao lazer, mas também para viver, as entidades decidiram criar um plano de repovoamento, assente na “natureza, arquitetura alpina e património cultural”. Já na década de 2000, o desenvolvimento tornou-se mais “complexo e holístico, abrindo-se à criação de novas redes e atraindo mais pessoas e atividades económicas, culturais e educativas”. Atualmente, Ostana é considerada uma das aldeias mais bonitas de Itália, integrando a rede Smart Rural Areas 21.

Assim, o projeto PAISACTIVO conta com um investimento superior a 1,5 milhões de euros, cofinanciado pelo POCTEC – Programa Operacional de Cooperação Transfronteiriça entre Espanha e Portugal, e visa ser uma resposta para “aumentar a resiliência do território face ao risco de incêndio, valorizando e melhorando a gestão sustentável das terras agroflorestais, bem como proteger e dinamizar os aglomerados rurais e promover a sua sustentabilidade” na Galiza e Norte de Portugal, zonas que estão a ser confrontadas com o“abandono progressivo do espaço rural”.

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Para dar resposta a estas preocupações, o projeto inclui “um diagnóstico das boas práticas de gestão ativa das zonas rurais e ações de capacitação para a dinamização e gestão resiliente das zonas rurais”, para além da redefinição de um “novo modelo de intervenção nas zonas rurais que inclua a governação multinível”.

Em termos prático, serão implementados dois projeto-piloto em aldeias. Do lado português, Almofrela, no concelho de Baião, será a aldeia-piloto, enquanto a aldeia galega de Infesta, no concelho de Monterrei, será a representante do lado espanhol. Além disso, os parceiros definiram um plano de trabalhos a implementar durante os próximos três anos – até outubro de 2026 –, com o objetivo de promover a gestão sustentável do território e redução dos riscos de incêndios, uma das áreas de intervenção da CIM do Tâmega e Sousa.

O projeto PAISACTIVO é coordenado pela Agência Galega de Desenvolvimento Rural e os parceiros galegos são a Universidade de Santiago de Compostela, a Fundação Juana de Vega e o Município de Monterrei. Da parte de Portugal participam a CIM do Tâmega e Sousa, o Município de Baião, o Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território (CEGOT) da Universidade de Porto e a Direção-Geral do Território.