rally tascas penafiel
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Foi em 2008 que quatro jovens penafidelenses se juntaram para criar um evento de lazer, convívio e que viesse ativar todas as ruelas da cidade, incluindo a zona histórica. Dezasseis anos mais tarde, o Rally das Tascas de Penafiel continua a ser um fenómeno que preenche as ruas e os ‘quelhos’ e que vem dar vida “aos tascos mais antigos”.

Atualmente, o grupo é composto por cerca de 15 veteranos e Miguel Tika é um deles. Em entrevista ao Jornal A VERDADE, o jovem explica que é um dos veteranos e que dos quatro ‘fundadores’ apenas um continua envolvido diretamente na organização. “Os outros continuam connosco mas só aparecem mesmo no rallys, porque 16 anos depois, a maior parte das pessoas são casadas e com filhos e as famílias não permitem que haja tanta disponibilidade, por isso, é preciso sempre camada jovem para manter a tradição”.

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O evento foi crescendo e, hoje em dia, o almoço de veteranos serve não só para conviver, como para ajustar todos os pormenores para que o rally seja “um verdadeiro sucesso. Neste dia, proporcionarmos aos bares mais isolados uma grande afluência. Acabamos por os ajudar financeiramente”.

Se antes da pandemia, as ruas de Penafiel eram preenchidas por uma média de 500 pessoas, o fim do confinamento levou cerca de duas mil pessoas ao rally. Este ano, e apesar do mau tempo, Miguel Tika acredita que “pelo menos mil pessoas estiveram presentes”.

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Rally das Tascas de Penafiel com componente solidária

Manter a tradição, mas acrescentar-lhe componentes novas é um “cuidado” que a organização tem. Miguel Tika explica que, ao longo dos anos, foram feitas várias atividades para “marcar a história do rally”, como é o caso das homenagens que prestaram “a penafidelenses ou pessoas ligadas diretamente à cidade que tenham dado o seu contributo nas mais variadas formas”.

Este ano decidiram ir além e, em parceria com a Câmara Municipal de Penafiel, organizaram uma recolha de bens, destinada à IPSS São Vicente de Paulo. “Correu muito bem, apesar de ter sido a primeira vez já houve uma grande adesão, e a ideia será continuar neste formato. Nem toda a gente chegou a tempo do arranque, mas as pessoas depois vinham ter connosco para nos entregar os bens, sei também que algumas pessoas foram deixando bens alimentares nos vários bares”, explicou um dos organizadores.

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Perante a adesão da comunidade, Miguel Tika reiterou que foi “um sucesso. Pedir às pessoas para sairem de casa num dia de inverno, com chuva intensa, para irem carregados com comida para entregar é preciso ser-se mesmo solidário. Houve pessoas a ajudar que nem sequer participaram no rally, a mensagem chegou às pessoas e isso é o mais importante”, terminou.