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Os trabalhadores da FCC – Environment Portugal entregaram um pré-aviso de greve entre os dias 30 de março e 1 de abril, que vai afetar os serviços de recolha de resíduos no concelho do Marco de Canaveses.

À semelhança das greves realizadas anteriormente, os funcionários reivindicam “um aumento salarial de 15%, no mínimo de 150 euros, para todos os trabalhadores”, bem como “implementação de um salário de entrada de 1000 euros”. Para além disso reivindicam o aumento do subsídio de alimentação, a “fixação do período normal de trabalho em sete horas diárias e 35 horas semanais” e “25 dias de férias remuneradas”.

Os trabalhadores solicitam também  “a regulamentação de um Subsídio de Penosidade, Insalubridade e Risco; garantia da saúde e segurança no trabalho; exames médicos anuais obrigatórios; direito a um regime de carreiras e categorias profissionais e fixação do trabalho noturno entre as 20h00 de um dia e as 07h00 do dia seguinte, compensado com acréscimo de 25% da retribuição base mensal”.

No pré-aviso de greve, os trabalhadores pedem “a abertura de um processo negocial sério que uniformize as regras laborais para todos os funcionários”, bem como a “regularização das situações de vínculo precário por forma a que as necessidades permanentes correspondam a vínculos efetivos”.

No que diz respeito a serviços mínimos, haverá “uma equipa para efetuar recolha de contentores que se verifique necessária junto de instalações hospitalares” e também “para acorrer a emergências que se possam vir a verificar”.

Neste seguimento, a autarquia de Marco de Canaveses garantiu, enquanto proprietária da concessão, estar “atenta à situação e participou, como assistente, na reunião entre o sindicato e a empresa ocorrida no dia 25 de março, assumindo o compromisso de garantir que a empresa cumpre todas as obrigações legais para com os seus trabalhadores”.

No mesmo comunicado, o município refere ainda que “apesar dos esforços para encontrar um entendimento entre as partes envolvidas, algumas das questões apresentadas pelos trabalhadores da FCC não puderam ser atendidas”.

A Câmara Municipal do Marco de Canaveses reitera que “não tem competência para decidir sobre as questões apresentadas pelos trabalhadores da FCC, nem pode fazer exigências à empresa neste sentido. Tais questões estão sujeitas a acordos entre as partes envolvidas, e a câmara está limitada ao cumprimento das obrigações legais estabelecidas”.

Neste sentido, a autarquia solicita “a melhor compreensão e colaboração dos munícipes no sentido de evitarem tanto quanto possível o depósito nos contentores entre os dias 30 de março (sexta-feira) e 1 de abril (segunda-feira), de forma a conter-se a acumulação de lixo nos espaços públicos”.