Tudo começou numa revista “qualquer” que continha um CD de metal e que cativou, de imediato, o grupo de adolescentes penafidelenses. Aos 36 anos, Daniel Silva partilha que já não se recorda qual era o estilo musical que ouvia antes do metal. “Fomos ouvindo várias bandas e descobrimos o gosto. Enquanto grupo de amigos acabou por nos unir”.
Por volta dos 17 anos, Daniel Silva acabou mesmo por fundar a sua primeira banda: Orbis Alia. “Comecei a gostar, tinha cerca de 14 anos, depois comecei a tocar baixo por volta dos 17 anos”. Mais tarde, influenciados, o irmão e primo de Daniel criaram a Godark, banda que se mantém ativa até hoje.
Com a criação da segunda banda, atualmente com seis elementos, os riodemoinhenses confessam ter “algum sucesso. Em Portugal já demos concertos de Norte a Sul, fora do país demos em Espanha, Alemanha, Holanda e Bélgica”.
Ao longo dos anos, Daniel Silva e a banda foram confrontados com alguns estereótipos, mas o jovem riodemoinhense destaca, sobretudo, um: “as pessoas ficam admiradas por termos profissões ditas normais, nós temos um médico na banda, temos pessoas formadas, não percebo ao certo qual é a ideia que a sociedade tem sobre este género de bandas”, destaca.
Embora o grupo seja, sobretudo, um sucesso noutras localidades de Portugal e fora do país, Daniel Silva reconhece que os riodemoinhenses valorizam o trabalho que a banda de metal desenvolve e sentem “orgulho” nos seus fregueses. “Mesmo as pessoas da terra que não se identificam com o estilo musical reconhecem o valor e sentimos que ficam contentes por nós. Quando estivemos em turnê pela Europa, vários riodemoinhenses acompanharam, quase em direto, o percurso”, partilha Daniel.
Também por parte da Junta de Freguesia de Rio de Moinhos e do movimento associativo têm sentido “apoio”, incluindo na turnê. “Fomos com a carrinha da Associação para o Desenvolvimento de Rio de Moinhos, sem qualquer custo”.
Ainda adolescentes, Daniel e os amigos procuraram explorar o metal e, mais de 20 anos depois, sentem “orgulho” em representar o estilo musical, perpetuá-lo e levá-lo pelo mundo fora.
