sarafilipa 2024.01.18
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No próximo sábado, a ARCA recebe a Academia de São Pedro do Sul, no jogo a contar para a 13.ª jornada do campeonato nacional da 1.ª Divisão em andebol feminino. A partida terá a curiosidade de colocar em lados opostos do campo as irmãs marcoenses Filipa e Sara Brás.

Filipa Brás, de apenas 16 anos, um dos maiores talentos da turma de Alpendorada e que esta época já foi promovida ao plantel sénior, admite que será “um bocado estranho” defrontar a irmã mais velha.

“Sempre pensei em jogar com a minha irmã, nunca uma contra a outra. Acho que vai ser um jogo engraçado, mas vai ser estranho. É um sonho que eu tinha, quem sabe um dia, mas nunca pensei em jogar contra ela”, confessou.

filipabras 2024.01.18

Também Sara Brás, que no início da temporada se transferiu para São Pedro do Sul, depois de 14 épocas consecutivas ao serviço da ARCA, onde fez toda a formação, confessa que sempre idealizou jogar ao lado da irmã e nunca tê-la como adversária.

“Sempre achei que primeiro iria jogar ao lado dela e não contra ela, mas a vida fez-nos uma jogada inversa. Nem sei bem explicar o que é que vamos sentir, acho que vai ser engraçado, porque temos a nossa cumplicidade e isso vai manter-se sempre. Vai ser engraçado estar do outro lado, vou querer como é óbvio picá-la, tentar passar por ela e marcar golos”, afirmou a atleta, que elogiou a irmã mais nova.

“É sempre um orgulho vê-la crescer da maneira que está a crescer, porque ela só tem 16 anos e já está numa equipa sénior. Se ela continuar a trabalhar, se for certinha como é, uma atleta muito humilde e trabalhadora, acho que tem tudo para chegar longe”, assegurou.

sarabras 2024.01.18

Também Filipa Brás olha para a irmã Sara, atleta mais experiente, como um exemplo a seguir: “Ela é muito inteligente, joga com muita inteligência e também é muito rápida. São algumas das características que tenho como atleta, acho que somos um bocado parecidas nesse aspeto”, considerou.

E como é que os pais de Filipa e Sara Brás estão a encarar este confronto? “Os pais vão estar um bocadinho divididos, mas vão torcer pelas duas. Eles têm de estar dos dois lados”, revelou Filipa.

“A nossa mãe só nos diz: ‘vocês não batam uma na outra’. Ela até pede para eu falar com as minhas colegas para lhes dizer para não bater na minha irmã”, confidenciou Sara Brás, que já defrontou a ARCA no jogo da primeira volta, em São Pedro do Sul.

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A andebolista, de 24 anos, admite que, desta vez, vai entrar em campo “menos nervosa”. No entanto, reconhece que “vai ser estranho” pisar o Pavilhão da Escola EB 2/3 de Alpendorada envergando outros cores que não as da ARCA.

“O nervosismo não vai ser o mesmo, mas ao mesmo tempo tem a outra parte que é o jogar em casa, o voltar à terra e ao sítio onde joguei durante 14 anos. Sempre que pisei aquele pavilhão foi a representar a ARCA e agora estar do outro lado vai ser um sentimento um pouco estranho, mas o mais difícil já aconteceu, que era jogar contra a ARCA uma primeira vez. Vou retornar a casa e tenho a certeza de que vou ser muito bem recebida, apesar de estar do outro lado”, disse.

O duelo entre a ARCA e Academia de São Pedro do Sul está agendado para o próximo sábado, 20 de janeiro, às 18h00.