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No passado dia 23 de março, Baião celebrou o Dia do Município, data em que o presidente da câmara municipal, Paulo Pereira, e o presidente da assembleia municipal, Armando Fonseca, proferiram discursos que tiveram por base “a salvaguarda dos valores da democracia e da liberdade“, referindo-se “às ameaças ao sistema democrático que o país atravessa”.

Neste âmbito, o Jornal A VERDADE foi contactado pela ex-candidata à Assembleia Municipal de Baião nas últimas eleições autárquicas e atual presidente do Conselho de Jurisdição do Porto do Partido Chega, Anabela Fachadas, que, em comunicado, “repudia com toda a veemência o teor das declarações” proferidas no Dia do Município de Baião, quer pelo presidente da assembleia municipal, Armando Fonseca, quer pelo presidente da câmara, Paulo Pereira. 

Segundo Anabela Fachadas, o discurso dos dois presidentes é pautado pela “arte de manejar consciências”, através de um discurso “de medo e ódio contra o Partido Chega no Município de Baião”, acusando os autarca de “mentira”, em que se “emite uma parte comprovável da mensagem, mas omite-se outra igualmente verdadeira”. 

Em nota de imprensa, é ainda mencionada a argumentação com “dados falsos” e que leva a conclusões “inevitavelmente extraídas que vão muito mais além”, contribuindo para a intenção de “expulsar do debate autárquico o Partido Chega. A tal democracia que tanto o Partido Socialista declara, é e será somente, a sua democracia”, recordando que o objetivo do Chega é também de “denunciar graves crimes de corrupção endémica que grassa no governo e em algumas autarquias”. 

A presidente do Conselho de Jurisdição do Porto do Partido Chega considera estas declarações “irresponsáveis e irracionais” e garante que “o Partido Chega irá exigir à direção nacional do PS, que termine com este discurso de medo e ódio contra o partido”. 

Contactado pelo Jornal A VERDADE, o município de Baião garante que todos os discursos tiveram em conta “a referência histórica de Baião e a justa homenagem prestada a pessoas e instituições”. Paulo Pereira refere que, para além das referências que fez aos homenageados, assim como à importância da celebração do Dia Município de Baião, também expressou a sua “opinião e apreensão perante o momento político que o país atravessa, com referências às ameaças ao sistema democrático”. No entanto, garante que “em momento algum se referiu a qualquer força partidária”.

No que toca às acusações sobre a intenção de “expulsar do debate autárquico” forças partidárias, o presidente de Baião recordou que “as reuniões de câmara e as reuniões da assembleia municipal são públicas, permitindo a participação dos cidadãos, à semelhança do que acontece com outras iniciativas municipais”. 

Por sua vez, o presidente da Assembleia Municipal, Armando Fonseca, garantiu que enquanto “responsável autárquico e cidadão cumpre-me desempenhar funções de enorme relevância para a comunidade baionense e país”, justificando que a sua conduta se pauta pela “sinceridade, clareza, honestidade e sentido de justiça. Valores que expresso e assumo perante aqueles que me elegeram”. 

Armando Fonseca refere não se rever nas acusações de que foi alvo e garante que o discurso se baseou nas ideias que “defende, assentes do princípio de estar a contribuir, não para forçar, não para calar, não para manipular quem quer que seja, mas para alertar para a salvaguarda dos valores da democracia e da liberdade, conquistados em 25 de Abril de 1974. Fiz uso do meu direito. Entendo que, enquanto cidadão, enquanto autarca, tenho a obrigação de o fazer, consciente de estar a defender os baionenses e os portugueses em geral”, acrescenta.

A concluir o comunicado, o município de Baião “repudia veemente as referências” realizadas por Anabela Fachadas.

Recorde os discursos e a cerimónia realizada no Dia do Município de Baião, que decorreu no dia 23 de março.