paulo ferreira golfe
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Paulo Ferreira é jogador de golfe profissional, esteve na alta competição durante seis anos e, há 10 que é diretor de golfe do Vidago Palace. Esta terça-feira, dia 13 de junho, apresentamos-lhe o percurso do golfista natural de Amarante.

Conhecia “vagamente” a modalidade, que lhe chegava através “da televisão, mas nem as regras sabia”. Foi em 1999, através do desporto escolar na Escola Secundária de Amarante, que Paulo Ferreira travou um contacto mais próximo com o golfe, embora a proximidade já existisse na casa onde morava (situada junto do Campo de Golfe de Amarante). “Na altura tive a curiosidade, porque via as pessoas de fora a jogar, e como era miúdo achava piada. Então quando abriu o desporto escolar na escola resolvi experimentar. A partir daí foi quase o amor à primeira vista”, recorda o golfista.

Naquele primeiro, chegou a participar em competições do desporto escolar, até que o treinador de golfe o desafiou “a ter uma continuidade mais ‘séria’ no golfe. Comecei a frequentar as escolas de golfe do campo e a partir daí foi um percurso natural. Comecei a jogar em competições internas do clube, regionais e nacionais”.

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Ganhou várias provas e troféus, mas como nos explica, tudo se deve a uma rotina de treino “muito intensa, não só a nível nutricional, como físico e técnico, desde ginásio no início e final do dia, horas infindáveis de treino no campo, torneios. É uma carga de treino bastante completa e séria e uma realidade que a maior parte das pessoas não sabe, mas é muito intenso o percurso de alta competição do golfista”, garante Paulo Ferreira.

Para lá da intensidade e do rigor exigidos no golfe, o golfista de Amarante encontrou na modalidade um “desafio pessoal que o desporto em si coloca. É solitário, mas coloca um desafio pessoal constante porque estamos sempre na procura da evolução”. E, se num dia “podemos achar-nos os melhores jogadores do mundo”, no dia seguinte “o golfe faz-nos descer à terra e já somos os piores”. Para além deste aspeto, Paulo Ferreira vê no “contacto com a natureza, com pessoas novas e outros países”, outras vantagens da prática da modalidade. “Também gostei muito dessa parte, mas mais do desafio pessoal”, afirma.

Benefícios que acredita serem os mesmos para os mais jovens, acrescendo “a concentração que o desporto exige e que depois podem transpor para outras realidades, neste caso para a escola; e o desenvolvimento pessoal e social, porque no golfe estão em contacto com muita gente de todos os meios da sociedade. Este relacionamento que o mundo do golfe vai criando também é benéfico, para além de ser tranquilo e seguro”.

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Relativamente aos mais jovens, e pela experiência de vários anos, reconhece que, hoje, “o interesse deles pelo golfe começa a ser cada vez maior”. Resultado da “maior divulgação da modalidade. Dessa forma os jovens começam aos poucos a criar mais interesse”.

Um interesse que pode incutido na generalidade dos jovens, porque “o golfe, como todos os outros desportos, pode ser praticado por toda a gente, atendendo à realidade de cada um. Pessoalmente, tanto posso ter um Fiat como um Ferrari e no golfe é a mesma coisa, posso querer gastar x, como posso querer gastar y“, explica. No entanto, reconhece que “ainda existe esse preconceito e, infelizmente, é um dos grandes problemas do golfe em Portugal”.

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No futuro, espera uma “evolução mais positiva” nesse aspetos, como em outros, uma vez que “os campos de golfe e a Federação Portuguesa de Golfe estão a fazer um bom trabalho nesse sentido, para desmistificar muitas coisas e criar mais acessos a toda a gente, porque efetivamente ainda existe muito essa conotação negativa. O crescimento tem-se notado, a pandemia ajudou, porque sendo um desporto praticado ao ar livre foi dos primeiros a ser autorizado, e creio que a evolução pode ser muito positiva”.

A todos aqueles que nunca experimentaram a modalidade, Paulo Ferreira deixa uma mensagem de incentivo. “Vão a um campo de golfe e pratiquem, porque é muito bom o contacto com a natureza. O contacto que temos com todas as realidades da sociedade é benéfico para todos. Aconselho vivamente”, termina.