“Nunca na vida imaginava estar a viver isto com 24 anos”, é a forma como Nuno Couto, o jovem paredense que conquistou o Botão Dourado no programa ‘Got Talent Portugal’, descreve a sua vida após a participação no programa televisivo da RTP1.
Ir à televisão era um objetivo de Nuno Couto que mantinha-se guardado na gaveta e que não era expectável que acontecesse “tão cedo. Achava que ainda não era o momento e a minha vida acabou por mudar completamente”. Após a saída do Got Talent, Nuno tem investido em si e na criação da sua banda que já está “definida. Estou a ensaiar com a minha banda e a ter aulas de canto, tudo com o objetivo de tornar os meus concertos mais elaborados”.
Embora a vida tenha “mudado muito”, Nuno Couto ainda não pode prescindir do trabalho de motorista em prol da música. “Tem sido muito investimento e preciso de um trabalho para poder pagar as minhas continhas, a música para já está a ajudar, mas a qualquer momento esses números podem baixar e, por isso, preciso de ter uma salvaguarda”.
Se voltasse atrás, o paredense não pensava duas vezes e voltava a inscrever-se no ‘Got Talent Portugal’, um programa que projetou o seu talento e a sua música. “Adorei estar no programa, foi uma experiência incrível, e, apesar de ter perdido, ganhei muito, fiz lá amizades incríveis, conheci pessoas muito humildes, como é o caso do Rafael. Só por ter conseguido criar esse laço com ele já fui um vitorioso”. Qualquer ‘derrota’ é sempre um momento difícil e Nuno admite sentir “alguma tristeza”, mas sobretudo “orgulho e realização. Fui lá fazer o que tinha de ser feito e vim com boas coisas embora”.
À data da entrevista (15 de março), o jovem partilhou que a música lançada após o programa conta com “25 mil visualizações no Youtube. São números bons que nos dão mais força”, realça.
“Antigamente não dizia um amo-te à minha mãe”
A participação do jovem foi marcada pela mensagem de amor que dedicou à mãe e pela humildade no discurso, mas a verdade é que Nuno Couto confessa que “nem sempre foi assim. Nunca fui de expressar os meus sentimentos, antigamente não dizia um amo-te à minha mãe, não dizia que gostava dela… a ligação era diferente, aliás era um rapaz muito mal comportado, hiperativo, irresponsável a até diria mal criado, e tudo isso levou a que fosse criada uma linha entre nós”, conta. Anos mais tarde, o jovem redefiniu as prioridades da sua vida e com mais maturidade procurou “cortar essa linha e unir-se à mãe”. Um processo que iniciou bem antes da participação no ‘Got Talent Portugal’ e que tem vindo “a melhorar”.
Acho que estou a conseguir conquistar o público pela minha humildade e por ser puro, acho que é essencialmente por isso que as pessoas estão a gostar de mim.
Nuno Couto
Cada etapa da sua vida é uma ‘lufada de ar fresco’ nas músicas que escreve e, embora tenha sempre na base das letras a sua vida, Nuno Couto quer que as pessoas se “revejam” nas músicas. “Quero entrar num novo registo, quero que as pessoas ouçam as músicas e consigam sentir na pele aquela história”.
A música de Nuno Couto já chegou à Suíça, França, EUA, Moçambique, Angola, Luxemburgo, Alemanha, Reino Unido… e uma lista infindável de países que o jovem artista elencou, durante a entrevista ao Jornal A VERDADE, e que têm contribuído para a onda de amor que recebe. “Recebo mensagens de carinho, incentivo e apoio. Estou a tentar dar uma resposta a toda a gente, mas ainda não consegui. Felizmente, não recebi nenhum comentário maldoso, apenas criticas construtivas, fico feliz por todas as mensagens que abro serem de amor. Dão-me muita força”.
Para quem acompanha o artista, Nuno Couto anunciou novos sons com uma “vibe mais verão” a caminho. “O meu próximo som é um feat com o meu amigo Paulinho, que é de Vizela, a música sai ainda este mês no canal dele, no meu canal vai sair uma música chamada ‘Focado’, que tem uma vibe bonita. Daqui para a frente já tenho 17 temas para lançar, estou a trabalhar nos videoclipes e, em princípio, até outubro já tenho trabalho para lançar”. Para além disso, está quase a ser lançado um novo tema com a arista Salomé Rodrigues.
