O primeiro contacto de Nuno Osório com Baião deu-se, a partir do dia, em que se tornou o maestro da Banda Marcial de Ancede. Doze anos depois deixou as terras baionenses para se dedicar a um novo projeto, mas garante que irá recordar a banda e Baião como um local onde foi “muito bem tratado, acarinhado e elogiado”.
Nuno Osório é natural de Magueija, em Lamego, terra onde nasceu, cresceu e descobriu o interesse pela música. Nunca chegou a viver em Baião, mas 12 anos foi tempo mais do que suficiente para ser distinguido, pelo Município de Baião, com a Medalha de Mérito Cultural, depois de ter contribuido para o “crescimento e evolução musical sustentável” da Banda Marcial de Ancede.
Em conjunto com os músicos, as direções e o Município de Baião, Nuno Osório cumpriu o objetivo a que se tinha proposto e levou a banda a atingir “um nível de reconhecimento e afirmação no panorama musical e cultural”. Tudo isto foi possível, na sua visão, devido à atividade que desenvolveram ao longo de mais de uma década. Para além das habituais romarias, festas e procissões, o maestro destaca as seguintes metas alcançadas: “a banda fez a gravação de um trabalho discográfico, na qual se destaca a qualidade e o empenho musical dos músicos, nesse mesmo CD também se evidencia a visão musical moderna que tinhamos em mente para o futuro, com a participação de uma fadista baionense, acompanhada da banda e de dois guitarristas. Fizemos estágios de banda com maestros convidados, nacionais e internacionais, colaboramos com pianistas, acordeonistas em concertos específicos, participamos em concursos musicais de banda, realizamos um concerto pop rock, que foi apresentado nas Festas Concelhias de Baião, e que foi um enorme sucesso”, partilhou Nuno Osório, em entrevista ao Jornal A VERDADE.
Cada passo dado, para o maestro, contribuiu para o “crescimento musical” da banda e para atingir o “patamar da excelência. Considero que a Banda Marcial de Ancede é uma banda moderna e está preparada para aceitar qualquer desafio musical”.
Atualmente, a Banda Marcial de Ancede encontra-se ‘bem de saúde’ e tem tido a capacidade de “ativar novos públicos e alunos. As mudanças são importantes e fico muito feliz porque a banda encontra-se sólida, quer a nível musical, quer a nível social e tem projetos aliciantes pela frente que lhe irá dar uma enorme visibilidade. Tem todas as vertentes abertas para elevar ainda mais o nome e a qualidade da banda pelo país e, se possível, para além fronteiras”.
Ao fim de 12 anos, o maestro deixa a casa baionense com a sensação de que deu “tudo. Fiz o meu melhor, dei tudo o que tinha e não tinha em prol da banda. Desejo os maiores sucessos musicais, pessoas e profissionais”.
Para terminar, Nuno Osório refere que receber a Medalha de Mérito foi “uma grande honra e um enorme privilégio“, dedicando-a “a todos os Músicos da Banda Marcial de Ancede, já que o mérito também é deles!”.
