pirataria
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Segundo um estudo do Instituto da Propriedade Intelectual da União Europeia (EUIPO) 80% dos europeus concordam que “a contrafação apoia as organizações criminosas e prejudica empresas e empregos”. No entanto, um terço dos europeus considera aceitável comprar falsificações quando o preço do produto genuíno é demasiado elevado. A proporção aumenta para metade no que diz respeito aos jovens.

Em relação aos produtos contrafeitos, 47% dos consumidores admitem que não tinham a certeza se um produto era genuíno ou não, enquanto 11% afirmam ter comprado falsificações intencionalmente.

No que toca ao ponto da pirataria na internet, 14% dos portugueses admitem ter acedido a conteúdos de forma ilegal, sobretudo para assistir a conteúdos desportivos. O estudo concluiu ainda que quatro em cada dez europeus pagaram para aceder a conteúdos a partir de uma fonte legal no ano passado, 44% em Portugal.

O estudo da EUIPO conseguiu concluir que “os europeus estão cada vez mais conscientes dos riscos e consequências da compra de contrafações e do acesso a conteúdos a partir de fontes ilegais” e 80% dos europeus acreditam que as organizações criminosas estão por detrás dos produtos de contrafação e consideram que a compra de contrafações prejudica empresas e empregos.

Apesar destes resultados positivos, o estudo revela igualmente que um em cada três europeus (31%) ainda consideram aceitável comprar produtos falsificados quando o preço do original é demasiado elevado, aumentando para metade (50%) no caso dos consumidores mais jovens com idades compreendidas entre os 15 e os 24 anos.

Passando da crença à ação, 13% dos europeus afirmam ter comprado contrafações intencionalmente nos últimos 12 meses. Este valor aumenta para 26% nas pessoas com idades compreendidas entre os 15 e os 24 anos, o dobro da média da UE, desce para 6% no grupo etário dos 55 aos 64 anos e para menos de 5% entre as pessoas com idade igual ou superior a 65 anos.

A nível nacional, a percentagem de consumidores que compraram intencionalmente falsificações varia entre 24% na Bulgária e  % na Finlândia. Além da Bulgária, a compra intencional de falsificações é superior à média da UE em Espanha (20%), na Irlanda (19%), no Luxemburgo (19%) e na Roménia (18%).

Um preço mais baixo dos produtos originais continua a ser o motivo mais mencionado (43%) para deixar de comprar produtos falsificados. O risco de más experiências (produtos de má qualidade para 27% das pessoas, riscos de segurança para 25% e punição para 21%) é também um fator essencial que impede os consumidores de comprarem contrafações.

De um modo geral, os europeus opõem-se à utilização de conteúdos pirateados: 80 % afirmam que preferem recorrer a fontes legais para aceder a conteúdos em linha se estiver disponível uma opção a um preço acessível.

De facto, quase nove em cada 10 pessoas têm conhecimento de, pelo menos, um tipo de oferta de conteúdos legais no seu país e mais de quatro em cada 10 europeus (43%) pagaram para aceder, descarregar ou assistir em contínuo a conteúdos protegidos por direitos de autor de um serviço legal no último ano.

Contudo, uma grande maioria de pessoas (65%) consideram aceitável piratear quando o conteúdo não está disponível na sua assinatura.