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“Bem de saúde e animada” assim se encontra Maria José Soares, que este domingo, 8 de janeiro, completa 90 primaveras. 

É rodeada pela família, num almoço em Baião, de onde é natural, que celebra a data. “Todos não conseguem estar, mas está praticamente quase toda a família. Os filhos e as noras estão todos”, conta Laura Soares, a segunda filha mais velha, com 67 anos.

Entre filhos, noras, genros, netos e bisnetos serão 70 os familiares que se reúnem para assinalar esta data “tão especial”.

Aos 90 anos, Maria José “gosta de aprender, brincar, fazer as coisas dela e fica toda feliz quando quer fazer as coisas e a ajudam”, diz Laura Soares.

Criar 12 filhos, oito rapazes e quatro raparigas, numa época mais difícil foi “complicado, mas dentro dos possíveis, uma vezes melhor, outras pior, tudo se criou”

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Atualmente, de segunda à sexta-feira é utente da CECAJUVI e foi nessa instituição que nasceu o sonho de aprender a escrever o próprio nome. “Lá põe-na a pintar e a fazer outros trabalhos. Agora diz que quer aprender o nome, porque não teve oportunidade de frequentar a escola”, conta a filha.

Os fins de semana de Maria José e do marido, casados há 69 anos, são reservados para a família. “Sempre que é possível ficamos na casinha deles, embora às vezes vão almoçar e passar o dia com os filhos. Ultimamente tem sido à vez, porque o espaço não é muito grande para nos podermos juntar todos”.

Quatro dos filhos vivem fora do país e, como nos conta Laura, “quando vêm convidam e vão até à casa deles. Outras vezes vêm eles até aqui a casa”.

Ao longo destes anos as histórias vividas em família são “muitas”, mas a filha recorda as conversas “sobre o passado. Juntamo-nos e falamos sobre as muitas asneiras que fazíamos”, conta.

Já a neta mais velha, Elisabete Soares, recorda a infância passada perto da avó, que naquela altura “não era muito afetuosa, porque a vida não lhe permitia. Tinha 12 filhos, alguns com idades dos netos mais velhos”.

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Hoje, visita-a “com alguma regularidade” e na despedida leva “sempre uma palavra de carinho. Saímos de lá com uma mensagem que, se for a última, fica para a vida”.

Elisabete Soares descreve-nos a avó como uma pessoa “animada” e que “para a idade que tem está muito lúcida. Consegue interpretar melhor certos temas do que algumas pessoas mais novas”.

Da avó guarda também “muitas lendas, coisas antigas, que gostaria de registar. Gosta de partilhar o que sabe com toda a gente”.

Ao todo, a família é composta por 12 filhos, 24 netos e 26 bisnetos. Uma família numerosa, e como nos diz a filha Laura: “Às vezes andamos ao barulho uns com os outros, mas chegamos ao fim e damo-nos todos bem”.