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Os desperdícios de água nas redes de abastecimento do Marco de Canaveses atingiram, pela primeira vez, os 20%, um valor que é alcançado por apenas 30 concelhos em Portugal. 

Um resultado que fica muito abaixo da média nacional que fixa em 29% o volume de perdas geradas por avarias, roubos ou desvios de água.

Segundo nota de imprensa da Câmara Municipal do Marco de Canaveses, este é um resultado “histórico” para o concelho e “pouco frequente em Portugal”. Este valor foi registado no mês de agosto e quando comparado ao ano passado reflete “uma melhoria significativa” (26% em 2022), assim a redução apresenta “uma poupança anual de 98.000 metros cúbicos de água”. 

Este resultado, coloca o concelho e a Águas do Marco num desempenho considerado “bom”, de acordo com o regulador do setor – a ERSAR.

“Ver o concelho em contracorrente e com resultados cada vez mais positivos deve ser motivo de orgulho para todos”, afirmou Cristina Vieira, presidente da Câmara Municipal do Marco de Canaveses. “Estes dados revelam também que todo o investimento que o município tem feito na renovação e modernização das infraestruturas está a dar bons resultados, tanto para os marcoenses como para o meio ambiente”, concluiu a autarca.

Por sua vez, Daniel Cardoso, diretor Geral da Águas do Marco explica que “a eficiência na gestão da água é, cada vez mais, uma ambição da Águas do Marco, pois, enquanto empresa na área do ambiente, temos especial responsabilidade perante este bem cada vez mais escasso. Temos, por isso, implementado várias melhorias na nossa operação, para que as equipas consigam responder prontamente a problemas na rede e evitar desperdícios de água que estes pudessem causar”.

Na média de empresas operadas, em 2022, pelo Grupo INDAQUA (no qual a Águas do Marco se integra), foi registado um volume de perdas de 12,4%.

Os desperdícios de água são medidos através do indicador “Água Não Faturada”, que calcula toda a água que entra na rede de abastecimento, mas que nunca chega aos consumidores. Os motivos para que as perdas aconteçam são vários e dividem-se em dois grandes grupos: por um lado, os problemas que podem acontecer ao longo da rede (fugas, roturas, derrames em reservatórios, entre outros); por outro lado, as perdas que acontecem junto do consumidor, como os consumos ilícitos ou deficiente contabilização devido a contadores obsoletos.