Manuel Monteiro nasceu em Paredes de Viadores, mas vive no centro do Marco de Canaveses há 50 anos. Não se recorda bem há quantos anos é assinante do Jornal A VERDADE, mas na estante ao seu lado tem lotes dos anos 90.
Maria Teresa Pinto, a esposa, vive com Manuel Monteiro há quase 30 anos e desde que se conheceram que recorda os Jornais A VERDADE nas prateleiras de casa.
Este casal não só foi assinante desde “praticamente o início” como conheceram as pessoas por trás da fundação do jornal. Manuel Monteiro tratava de assuntos relacionados com o banco e, por isso, era frequente “andar de porta em porta. Quando nasceu A VERDADE eu lembrava-me bem do Sr. Almeida. Quando o jornal saiu já era uma cara conhecida”.
Quando o jornal cai na caixa de correio, Manuel Monteiro apressa-se para “saber as novidades. Gosto muito de ler o jornal e estar apto para debater os assuntos. É uma forma de manter o cérebro ativo na reforma”, partilha em conversa com o Jornal A VERDADE.
Por outro lado, a esposa é “mais seletiva”. Nos jornais vê, sobretudo, a necrologia, meteorologia, as festas ou as conquistas marcoenses. “Quando há eventos penso se calhar não vou lá, já no ano passado não fui. Mas de qualquer maneira gosto de ver qualquer coisa que se passa no concelho”.
Apesar dos gostos distintos, a leitura é um “passatempo” e momento de “união” entre o casal.
Alguns jornais já se “extraviaram” pelo caminho, mas grande parte continua guardada. Na arrecadação é possível ver vários jornais e revistas, bem como alguns pertences dos filhos. “Este sítio foi arranjado para os meus filhos estudarem. Passavam aqui o tempo juntos, tudo o que está aqui é deles”. Tanto Manuel Monteiro como a esposa “respeitam” o espaço e, por isso, nada do que está ali é “deitado fora”.
