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Esta segunda-feira, dia 31 de julho, centenas de peregrinos partem para Lisboa unidos pela fé e por um Deus.

No âmbito da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), as famílias portuguesas têm acolhido vários jovens de “braços abertos”. Também José Vieira e Laurinda Caetano, naturais de Paredes de Viadores, freguesia de Paredes de Viadores e Manhuncelos, abriram as portas de casa para receber quatro jovens croatas.

Há um ano que o casal decidiu acolher os peregrinos, sem saber os nomes, idades e origem, deixando apenas nas mãos de Deus. A uns dias de os jovens começarem a chegar receberam a “feliz” notícia de que seriam quatro meninas e que uma delas falava português. “Fiquei muito feliz, foi uma riqueza muito grande quando soube que uma falava em português, foi uma bênção”, afirma Laurinda Caetano.

Ana Lúcija Ljubic, de 24 anos, tem sido o principal elo de ligação entre as duas culturas. Entre o português e o croata, a jovem tem partilhado as sensações de ambos os lados. José Vieira, de 64 anos, anfitrião da casa, partilha que tem sido “uma experiência maravilhosa. Quando elas forem embora eu vou ficar mais pobre e triste, elas estão a ensinar-nos muita coisa, estamos a aprender com elas, é uma experiência única, provavelmente não a vamos voltar a ter na nossa vida”.

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Lucijana Karaman, Anera Mikulic e Hrvojka Mikulic de 22, 28 e 26 anos, respetivamente, vieram todos com o mesmo propósito: “conhecer mais Deus, sair da zona de conforto e passar mais tempo a rezar”.

 Ana Lúcija Ljubic, a “tradutora da casa”, conta que no decorrer deste ano sentiu um chamamento: “Eu preciso ir nesta Jornada. É aqui que eu me vou aproximar mais de Deus, porque é um país que eu gosto muito, eu já falo português e pensei vai ser uma ótima oportunidade para cantar músicas em português e ouvir missa em português. Eu já gostava da cultura brasileira, mas acabei por me apaixonar pela cultura portuguesa, eu sinto que é um país muito acolhedor e eu sei que vai correr tudo bem”.

Uma das jovens croatas junta-se à conversa e acrescenta que pretendia “sair da zona de conforto, ir para outro país e conhecer uma nova cultura”, ao mesmo tempo que fica “mais perto de outros jovens católicos enquanto reza e conhece Deus”. Para as jovens, Portugal tem se revelado um país “muito quente. A Croácia não é um país frio, mas não temos o hábito de abraçar logo as pessoas, achei isso muito lindo. Na verdade, todos os Croatas acharam fofo”. Também em casa, foram recebidas com “carinho e comida. Está tudo perfeito”.

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A opinião é unanima, todos dentro da casa consideram que “esta Jornada vai ser muito boa para o nosso país, estes jovens de culturas diferentes vão enriquecer muito os nossos jovens, o povo português. Eles estão a puxar por nós, são bons exemplos, Deus queria que os nossos jovens fiquem com a ideia de que precisamos ir mais além”, reitera José Vieira. Também as jovens destacam que é “lindo” ver o “amor católico que existe entre nós”. 

Os anfitriões terminam por destacar que será uma despedida “dolorosa”, mas garantem que “a casa ficará sempre aberta se alguma decidir voltar. Agradeço a Deus por ter colocado estas quatro jovens no nosso caminho, partilhamos o mesmo Deus”.

Trabalho realizado com o apoio de Gonçalo Carneiro.