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Durante três dias, os alunos do Curso Técnico Auxiliar de Saúde, da Escola Profissional e Agrícola Eng. Silva Nunes, em Celorico de Basto, prestam apoio físico e moral aos peregrinos que caminham até ao Santuário de Fátima. A iniciativa surgiu com Nathalie Rodrigues, professora, que em 2019 levou alguns alunos consigo para auxiliar o grupo onde fez, pela primeira vez, a sua peregrinação. Os anos foram passando, e a atividade tornou-se “um sucesso”.

A prestar apoio em Cernache de Bonjardim, os 14 alunos, acompanhados pela escola, estiveram no terreno a fazer “massagens às costas, pernas e pés, a furar bolhas e a prestar apoio moral” às centenas de peregrinos que caminham durante vários dias. Quem o diz é Nathalie Rodrigues, criadora do posto. “Em 2019, fui peregrina e levei quatro alunos para auxiliar o grupo onde ia a caminhar. Tivemos de parar por causa da pandemia e quando retomamos associamo-nos à Ordem de Malta durante dois anos, mas o objetivo foi sempre termos um posto nosso… conseguimos e agora é uma iniciativa para continuar”, garantiu.

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Atualmente, o projeto é direcionado para alunos do 10.º ano, enquanto os mais velhos ficam encarregues de “passar os conhecimentos”. Na visão de Nathalie Rodrigues, a iniciativa tem sido “muito bem recebida pelos alunos, porque é uma experiência diferente, acaba por ser uma mini formação em contexto de trabalho, já que eles aquirem experiências, estão perto do peregrino, que acaba por ser um utente porque precisa de cuidados de saúde, e conseguem desenvolver capacidades que são mais difíceis, como é o caso da comunicação, empatia e humanização na área da saúde, que é aquilo que nós precisamos”. 

Para a responsável, é uma “satisfação” ver a adesão dos jovens a uma iniciativa que impulsionou. “É um gosto enorme, porque eles vão e querem sempre voltar a fazê-lo”, acrescentou.

Nathalie Rodrigues, esteve no lugar do peregrino três vezes, e confessa que essa experiência fê-la perceber “melhor as dores do peregrino. É muito gratificante. Quando já se foi peregrino e presta-se apoio a satisfação é muito diferente do que quando se ajuda, mas não se fez a pé”. 

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Micaela Selas: “está a despertar o desejo de num próximo ano voltar a fazer o mesmo”

Em conversa com o Jornal A VERDADE, Micaela Selas, aluna de 16 anos da escola celoricense, partilhou que já foi ao Santuário de Fátima, mas que é a primeira vez que faz parte de uma peregrinação. “A experiência foi um espetáculo, nunca pensei que ia gostar tanto, estou a gostar de ajudar as pessoas e sinto que estou a fazer a minha parte, até porque um dia, mais tarde, posso ser eu”.

Fazer este apoio em conjunto com os colegas de turma, torna a experiência mais “divertida. É importante sairmos da sala de aula e trabalharmos em grupo”, reconhece em entrevista ao Jornal A VERDADE.

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Para Micaela Selas, é “gratificante” contribuir para que “as pessoas façam a peregrinação da melhor forma”, reconhecendo que têm sido “muito simpáticas”, e confessando que a experiência “despertou o desejo de num próximo ano voltar a fazer o mesmo”. 

Nathalie Rodrigues termina reforçando que levar os jovens para o terreno é dar-lhes a possibilidade de “contactar diretamente com as pessoas, lidarem com as dores e darem apoio moral. Acaba por ser um estágio na vida real, porque é intenso e leva-os a desenvolver capacidades como organização, comunicação e trabalho em equipa”. 

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