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Joaquim Alves é “bombeiro sem farda” há 23 anos na Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Resende. 

A par de uma vida inteira de bancário, Joaquim Alves sempre teve “muita admiração” pelo bombeiros e, por isso, juntou-se a esta equipa em 2001, aos 42 anos.

Apesar de nunca ter sido bombeiro, descreve o corpo social como “os bombeiros sem farda. Quando se fala em bombeiros vem-nos à memória os próprios operacionais que socorrem”, trabalho que “louva” enquanto presidente e cidadão comum, bem como, os quadros de comando. No entanto, destaca também aqueles que “às escondidas prestam serviço aos bombeiros, os corpos sociais”. 

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Considerando que são pessoas a quem “não é dada grande relevância”, embora garanta que “para uma associação estar aberta tem de ser bem gerida e, quando falamos de uma associação, não falamos só dos recursos humanos, estamos a falar também da parte financeira”. 

Recordando que quando chegou a esta casa encontrou “muitas dificuldades, porque a associação não tinha dinheiro. Tínhamos dívidas vultosas. Os bombeiros chegaram a ter três meses de ordenado em atraso e eu paguei do meu bolso, mas consegui retirar o dinheiro, hoje a associação não me deve nada, nem deve nada a ninguém”.  

A ambição de colocar a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Resende com “mais saúde”, levou a vários anos de trabalho que permitiu “uma associação com algum dessossego e saúde. Atualmente, pagamos tudo a pronto, antes se precisássemos de comprar viaturas era tudo através de créditos, agora, damo-nos ao luxo de pagá-las a pronto, salvo aquelas viaturas que são comparticipadas pelo Estado e através de candidaturas”, esclarece. 

“Tínhamos um quartel deficiente e construímos um quartel quase novo. Não tínhamos camaratas para albergar os bombeiros e eles dormiam numas camas de ferro que nós colocávamos nas escadas, era uma calamidade. Não tínhamos carro de desencarceramento, se fosse necessário cortar uma viatura depois de um acidente levávamos umas máquinas dentro de uma ambulância. Agora temos um parque automóvel muito moderno”. Cenário de “calamidade” que mudou há muito nesta casa.

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Para si esta associação já é “uma grande empresa, porque dá emprego a muita gente, existe manutenção de viaturas, dos quartéis e, também, aquisição de viaturas. É preciso arranjar dinheiro para pagar os vencimentos e fazer obras no quartel para criar boas condições para que os bombeiros também se sintam confortáveis e possam prestar um bom serviço”, exemplifica.

Perante o “bom trabalho” do corpo social, Joaquim Alves não deixa de destacar o papel das autarquias que considera ser “muito importante. Não tenho razão de queixa, eles ajudam-nos sempre que é preciso e de três em três anos oferecem-nos uma ambulância nova”. 

Na casa dos 65, já reformado, Joaquim Alves afirma que “agora tem mais tempo para se dedicar a esta causa” de que tanto gosta. “Para se estar nos bombeiros é preciso gostar muito, porque quando se trabalha de graça é porque se gosta mesmo disto”. 

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“Aquela casa não pode parar”, são as palavras de Joaquim Alves quando questionado sobre as próximas eleições. “Se surgir alguém irei sair de cabeça bem levantada, com a minha consciência tranquila. Alguém que tome as rédeas daquela associação recebe uma casa que respira saúde, fico orgulhoso do trabalho que fiz”. 

Por fim, destaca que “tive sempre os bombeiros e o quadro de comando comigo, temos um bom relacionamento com todos. Gosto muito deles e há muito respeito”. 

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