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Nascido e criado em Rio de Moinhos, no concelho de Penafiel, Henrique Martins tem 43 anos e é há precisamente dez que assume o cargo de presidente da junta de freguesia da sua terra. O movimento associativo corre-lhe nas veias e com apenas 18 anos já era membro da direção da Banda Musical e Cultural da Vila de Rio de Moinhos. Mais de uma década depois, aceitou um dos maiores “desafios” da sua vida e, enquanto autarca local, ganhou não só a preocupação de impulsionar o movimento associativo na terra, como trabalhar em prol de cada área, estrutura e cidadão de Rio de Moinhos. A vida autárquica surgiu de uma forma “natural”, mas nunca abandonou as suas raízes: a área educacional ligada à música.

“Costumo dizer que o dia mais importante não é quando se entra, mas é quando se sai”

Henrique Martins entrou para a junta de freguesia em 2013, após um convite “em jeito de desafio a poucos meses das eleições autárquicas”. Na altura era presidente de uma associação e reconheceu de “forma natural, mas ponderada” que ganhar outras funções era uma forma de “continuar a trabalhar em prol da freguesia”.

A dedicar-se ao último mandato, Henrique Martins ‘olha para trás’ e faz um “balanço positivo” da jornada. No dia em que sair desta casa, confessa que gostava de ser recordado “como alguém que deu tudo de si, que se envolveu e se empenhou para contribuir para o desenvolvimento da freguesia”. Embora as “dificuldades acrescidas” enquanto autarca local, o percurso tem sido “gratificante e a aprendizagem muita” e, todos os dias, o riodemoinhense procura “reiventar-se, aceitar todos os desafios e ganhar ferramentas novas”. 

Admite ser um “eterno insatisfeito” e por isso o deseja de “fazer mais” acompanha-o diariamente. “É óbvio que desejaríamos sempre ter feito algo mais, se bem que ainda estamos, sensivelmente, a metade deste mandato e ainda há muito por fazer, mas olhando para estes dez anos e, tendo em conta que há muitos dias em que somos assoberbados pela frustração de não conseguir fazer tudo o que queriamos, no prazo que queriamos, este é também o nosso papel de gerir as nossas expetativas, mas também as expetativas da nossa população… temos de ter cuidado nisso para não ficarmos entusiasmados demais, nem desiludidos demais. Mas de forma concreta, o balanço é bastante positivo, porque consegui atingir praticamente todos os objetivos a que me fui propondo em cada mandato”.

“Só quem não faz nada é que nunca tem tempo”

Este é o lema que Henrique Martins adotou para todos os dias da sua vida. Desde cedo esteve envolvido em associações e, por isso, foi “obrigado” a saber gerir o tempo. Já adulto e com o aumento das responsabilidades, Henrique Martins teve de “estabelecer prioridades e arranjar tempo para tudo. Quando há gosto e vontade acaba por ser algo natural e acabamos por conciliar e articular bem as nossas tarefas”.

Para além de autarca local, é também marido e pai de uma bebé e, no dia a dia, garante serem “um estímulo muito importante. Diria até essencial para nos apoiar e encorajar também a continuarmos a trabalhar. É óbvio que a parte familiar, muitas vezes, é a parte que fica mais esquecida ou que fica com menos tempo, mas quando há apoio e compreensão acaba por correr tudo bem”. 

Dez anos depois, Henrique Martins recorda “orgulhosamente” uma série de obras 

O executivo de Henrique Martins criou, de uma forma geral, “condições de melhoria da qualidade de vida”, seja em infraestruturas, seja o alargamento da rede de saneamento básico e de água pública:

  • “A cobertura da água está muito próxima dos 100%. A do saneamento é muito elevada, entre os 60 a 70%. Num meio mais mais rural, são valores muito relevantes”;
  • “A nível de acessibilidades, felizmente, creio que todas as habitações têm as ruas pavimentadas”;
  • “Temos a rede de iluminação pública também muito alargada e está, neste preciso momento, a ser estendida”;
  • “Investimos em passeios para a segurança dos nossos concidadãos”;
  • “Criamos e melhoramos uma série de infraestruturas: Casa Mortuária, Estádio da Bela Vista (relvado sintético, novas instalações para os atletas e dirigentes, bancadas, cobertura, zonas de bares)”, alargamento do Centro Cívico, criação de um novo espaço para a realização da feira, novo parque infantil, melhoria no cemitério, Espaço do Cidadão, parques de lazer, entre outros”;
  • “Aumentamos os apoios no movimento associativo. Temos tido o cuidado de apoiar todas as nossas associações, em que colaboramos e diligenciamos esforços para que possam ter melhorias nas suas sedes sociais”.

Obra do IC35 será “uma grande alavanca para o desenvolvimento da freguesia”

No que diz respeito à obra do IC35 e à previsão de um nó de ligação à freguesia de Rio de Moinhos, o autarca local acredita que será “uma grande alavanca para o desenvolvimento da freguesia”. 

  • Melhoria da fluidez do tráfego/redução do congestionamento;
  • Reforço da segurança rodoviária; 
  • Reforço da coesão económica e social no território nacional. 

Ainda neste âmbito, vão ser iniciadas obras na Avenida 20 de junho de forma a “contribuir para uma maior fluidez do trânsito numa das artérias principais. Também está a ser elaborado uma área de acolhimento empresarial na parte norte da freguesia, onde estamos a diligenciar esforços para que haja acessibilidades e todas as infraestruturas devidamente realizadas”. 

Embora os motivos para festejar sejam muitos, o presidente reconhece que os objetivos no início de um mandato são “uma previsão, porque a meio do percurso vão surgindo outras necessidades e emergências”. No entanto, existem outras obras que estão “prestes a arrancar ou em andamento, como é o caso da área envolvente ao Pavilhão Gimnodesportivo”. 

Para o presidente, todas as obras, incluindo as de “dimensões menores”, têm “impacto direto na vida das pessoas”. 

Lar de Idosos vai ser uma realidade dentro de um ano e meio

Dentro de um ano e meio, Rio de Moinhos vai ter uma “das grandes valências” que a freguesia necessita. Embora seja da responsabilidade da ADRM (Associação para o Desenvolvimento de Rio de Moinhos), a junta de freguesia e a Câmara Municipal de Penafiel têm sido parceiros de uma obra que “é um motivo de orgulho para as nossas gentes”. 

Durante a próxima semana, o Jornal A VERDADE traz-lhe uma entrevista com Ana Augusta, diretora técnica da ADRM e um dos principais rostos na luta para a construção de um Lar de Idosos. 

“O movimento associativo está muito enraizado na comunidade”

São precisamente dez movimentos associativos que compõem a freguesia de Rio de Moinhos. Deslumbrados pela cultura, tradições e raízes, os riodemoinhenses são “muito dinâmicos e isso cria ao longo do ano um movimento muito grande associativo”. 

A grande parte das atividades convergem para o Centro Cívico de Rio de Moinhos, lugar onde se nota o “espírito empreendedor” dos fregueses pela diversidade de comércio e serviços. 

A par das dez associações, Rio de Moinhos é conhecido pelo “Desfile de Carnaval, evento que atrai milhares de pessoas e que tem vindo a crescer, ou o Festival de Folclore e mesmo os dois Festival de Metal”. No fundo, são atividades “muito ecléticas e que abrangem a larga maioria da população”. 

  1. ADRM (Associação para o Desenvolvimento de Rio de Moinhos);
  2. Banda Musical e Cultural da Vila de Rio de Moinhos;
  3. Cantarias, Grupo de Cantares Populares;
  4. Centro Cultural e Recreativo de Rio de Moinhos;
  5. Clube de Caçadores de Rio de Moinhos;
  6. Grupo de Bombos “Os Amigos de Cima”;
  7. Rodribina – Grupo Coral;
  8. Sociedade Columbófila de Rio de Moinhos;
  9. Sport Club de Rio de Moinhos;
  10. Rio M – Associação Cultural.

“Queremos criar as melhores condições para reverter o ciclo migratório”

O riodemoinhense recorda uma época em que houve “um ciclo migratório muito penalizador”, tendo contribuído para a diminuição de população na freguesia, nomeadamente, jovem. Ao longo dos anos, a luta tem passado por “criar as melhores condições possíveis” para que Rio de Moinhos seja atraente “para fixar quem cá reside e atrair nova população”. Um fenómeno que começa a ser revertido e que tem deixado a freguesia de Rio de Moinhos “mais diversificada, capaz e atrativa para criar uma vida pessoal e profissional”. 

Henrique Martins destaca que “caminha” com uma equipa “muito capaz”

“Sozinhos podemos aspirar caminhar muito, mas caminharemos sempre pouco” é a forma como Henrique Martins descreve os seus dez anos à frente da junta de freguesia. Para corresponder às expetativas da comunidade, tem sempre ao seu lado Augustinho Ferreira e Elisa Freitas, duas peças “essenciais no trabalho”, sem esquecer o grupo “muito alargado que está sempre atento e que me vai alertando e aconselhando”. 

Presidente garante que comunidade pode manter  “confiança” no trabalho deste executivo e “num futuro melhor”

Henrique Martins está no último mandato enquanto presidente da Junta de Freguesia de Rio de Moinhos e a mensagem que deixa à comunidade é de “confiança. Confiança num futuro que será, inevitavelmente, melhor, e numa equipa sempre disposta a trabalhar em prol da freguesia”. 

A dois anos de terminar o mandato, o presidente continua a ver o executivo “empenhado em colaborar, contribuir, trabalhar e dignificar sempre o nome da nossa terra. Podem continuar a confiar em nós”.