berta magalhaes
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A Escola Secundária do Marco de Canaveses assinala esta quarta-feira, 24 de abril, o 50.º aniversário da instituição, coincidindo com os 50 anos do 25 de Abril.

Uma “feliz coincidência”, mas que ao mesmo tempo “não é pura coincidência. A escola foi criada em abril de 1974, por despacho, por Veiga Simão e com base numa necessidade de um concelho economicamente pobre, sem grandes ambições individuais e coletivas. Os alunos que pretendiam frequentar o ensino secundário tinham de ir para Amarante ou Penafiel. Portanto, com a massificação da escola, a educação tornou-se acessível a todos e permitiu que os alunos tivessem ambição”, garante a diretora do Agrupamento de Escolas N1 de Marco de Canaveses, Berta Magalhães.

Desta escola, foram já “muitos” os alunos de “sucesso” que saíram por aquelas portas, “nas mais diferentes áreas – política, negócios, artes, ciência. Tivemos com um grande investigador que saiu daqui, na área da doença de Parkinson, temos jovens que se tornaram figuras notáveis e, também, aqueles que não sendo notáveis são notáveis na sua vida. É a democratização e a liberdade a funcionar, isto é um património imaterial muito importante para o concelho“, afirma a diretora.

Em entrevista ao Jornal A VERDADE, Berta Magalhães, não tem dúvidas de a educação “está a mudar e ainda bem, porque tem de acompanhar os tempos. A escola não é como, às vezes, se pinta, e não está destruída. Há muitos valores, os miúdos mobilizam-se para projetos, há muitos professores motivados, contrariamente ao que se vincula que há uma falência da escola pública, não há. Tem problemas, nomeadamente nos recursos humanos, mas não é uma causa perdida, de forma alguma, nunca, porque se não também não estava aqui”, sublinha.

Quase a assumir o segundo mandato enquanto diretora do Agrupamento de Escolas N1 de Marco de Canaveses, Berta Magalhães está na instituição desde 2008.