reuniao marco de canaveses
Publicidade

A inauguração do Parque Liberdade, que decorreu esta quinta-feira, dia 25 de abril, foi um dos temas em discussão na reunião pública da Câmara Municipal do Marco de Canaveses, que decorreu esta sexta-feira, dia 26 de abril.

O vereador Mário Bruno Magalhães, apelidou a inauguração, feita pela presidente da autarquia e pelo arquiteto da obra, de “reality show”, afirmando que “se esqueceram de dizer coisas importantes”. De acordo com o vereador, “aquele parque não foi vontade da câmara. A sua execução era uma obrigação da câmara municipal. O projeto é, de facto, da câmara, mas havia um conjunto de situações, nomeadamente a construção de uma zona de lazer, um parque da cidade para com o produtor imobiliário, que estava a desenvolver todo aquele espaço e não só. Além dessa obrigação, tinha também a obrigação de construir um canal de alimentação e um posto de transformação pela Rua Amália Rodrigues. Quando chegamos à câmara, esta estava já no incumprimento. Havia até uma missiva a ameaçar ou já com princípio de litígio caso a câmara não executasse de imediato essa obra”, apontou.

De acordo com Mário Bruno Magalhães, “depois todo aquele investimento foi trabalhado para criar a melhor solução para ir ao encontro daquilo que são as necessidades do centro da cidade. Acho que era bom que a população soubesse das obrigações que a câmara tinha para com o promotor e, de facto, ontem ficaram devidamente resolvidas e saudadas, por assim dizer”.

Sobre este assunto, a presidente da câmara Municipal do Marco de Canaveses, Cristina Vieira, defendeu que “sejam compromissos assumidos deste executivo ou com os anteriores cabe à câmara municipal, naturalmente, avaliá-los pelas competências, assumir e concretizar os compromissos assumidos. Neste caso em concreto quando são obrigações escritas, cabe à câmara municipal, naturalmente, cumprir com elas e foi aquilo que fizemos, independentemente, dessas obrigações do anterior executivo”.

Outro dos assuntos, ainda no âmbito do Parque Liberdade, foi a Praça Salgueiro Maia. De acordo com o vereador Mário Bruno Magalhães, “Salgueiro Maia foi aquele que tudo fez sem nada em troca, infelizmente, muito do que vem a seguir é com alguma coisa em troca. Mas, eu julgo que haveria no Marco de Canaveses homens e mulheres que muito se empenharam pela liberdade e que talvez merecessem, naturalmente, esse lugar. Nada contra aquilo que é a Praça Salgueiro Maia, no entanto, acho que há marcoenses com valor que poderiam muito bem ter dado ou designado aquele espaço”.

Em resposta, a presidente da autarquia explicou que o nome de Salgueiro Maia foi dado à praça porque “entendemos que associar a sua homenagem aos 50 anos do 25 de Abril, num parque que tem nome de Liberdade, seria a melhor forma de homenagem. A praça Salgueiro Maia é uma homenagem a todos os Capitães de Abril, a todos, incluindo os do Marco de Canaveses, direta ou indiretamente todos aqueles que contribuíram para o 25 de Abril e isso foi, devidamente, explicado também no local, no ‘reality show’”.