Já são conhecidas as medidas aplicadas a três suspeitos, entre os 26 e os 36 anos, por furtos de materiais de construção civil em Lousada, Felgueiras e Paços de Ferreira. Os três homens foram presentes ao juiz na quinta-feira, 23 de maio, no Tribunal Judicial de Penafiel, que aplicou a obrigação de apresentação três vezes por semana no posto da GNR, a dois deles, e prisão preventiva ao terceiro elemento.
Os suspeitos foram detidos no dia 22 de maio, no âmbito de uma investigação, do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) de Felgueiras, que durava há cerca de seis meses. De acordo com o comandante do Destacamento Territorial de Felgueiras, Capitão Nasser Zidane, foram investigados 13 crimes de furto qualificado em locais de construção e cinco crimes de furtos simples, “que causavam grandes constrangimentos, grandes prejuízos e atrasos nas obras aos empreiteiros”.
Em declarações ao Jornal A VERDADE, o comandante realça que os furtos eram cometidos “durante o período noturno. O ‘modus operandi’ era sempre de madrugada, faziam o reconhecimento e depois furtavam o material. Os furtos tinham como alvo artigos e ferramentas de construção civil, que depois eram vendidas a outras empresas a um preço mais baixo”, explicou.
No total, a GNR realizou quatro buscas domiciliárias e três não domiciliárias em armazéns – em Lousada – e, no decorrer dessas buscas, foram encontradas 120 doses haxixe, quatro veículos, 117 packs de placas de isolamento, 97 calhas fibradas, 62 painéis de confrangem, 38 mesas de andaimes completas, 215 sacos de argamassa de capoto (38) e cimento (177), vários rolos de materiais de isolamento e várias máquinas elétricas e ferramentas diversas.
Relativamente ao valor estimado de material de isolamento, tendo por base o valor de mercado, “a GNR avaliou em cerca de 20 mil euros”, revelou o capitão Nasser Zidane.
Na sequência da ação policial, foi ainda possível identificar três recetadores do material furtado (outros empreiteiros da zona), de Felgueiras e Lousada.
Os furtos causaram “algum alarme social. Já tinham havido algumas queixas e objetivo era devolver a tranquilidade às pessoas”, referiu ainda.
