herminio fonseca banda santa marinha zezere baiao
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Hermínio Fonseca, natural de Ancede, concelho de Baião, dedicou 17 anos da sua vida à Banda Musical da Casa do Povo de Santa Marinha do Zêzere. Entrou com vontade de fazer mais e melhor e de trabalhar no potencial que via em cada jovem. Não esperava ficar tanto tempo, até porque é apologista de “mudanças”, mas as circunstâncias e a paixão pela música fizeram-no dedicar-se de ‘corpo e alma’ até deixar a banda num patamar “bastante bom”.

Em entrevista ao Jornal A VERDADE, o maestro partilha que “tudo tem um princípio e um fim. Entendi que a banda evolui muito, gravamos um CD, fizemos concertos, fizemos coisas fantásticas e a banda atingiu um patamar bastante bom. Então, entendi, e como sou apologista das mudanças, que já são anos a mais. Portanto, em 2023 foi o ano da despedida”.

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Hermínio Fonseca garante que também só deixou a banda quando sentiu que o grupo estava “forte e unido o suficiente para continuar com o trabalho. Se eu deixasse a banda ou se acabasse, como já acabaram algumas, isso não. Eu era o último a abandonar o barco”, garante.

Fazer parte de uma casa tão antiga é um “orgulho” para o baionense, sobretudo, por sentir que, em conjunto com os músicos e com a direção, “tirou a banda de um nível baixo para pô-la num nível considerável. Foi uma evolução digna e na qual me sinto, extremamente, orgulhoso”. 

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Embora não seja fácil, Hermínio Fonseca fica “feliz” pela Banda Musical da Casa do Povo de Santa Marinha de Zêzere manter-se com um bom nível de músicos. “Vai se conseguindo cativar os miúdos para a formação que é o futuro das bandas. Normalmente é difícil cativar os jovens, mas aqui tem sido possível, o que nos deixa satisfeitos. Acompanhei vários jovens que se formaram e seguiram carreira na música, tive pessoas que deram os primeiros passos com quatro anos”.

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Como tudo tem um fim, também o baionense começou a anunciar a sua saída. A intenção era deixar o cargo no 100.º aniversário, mas a pandemia adiou e a pedido dos músicos ficou mais algum tempo, até sair “feliz e sem mágoas. Eles foram-se mentalizando, mas claro que criei muitas amizades e foram 17 anos à frente de 50 pessoas. Costumo dizer que quando a gente sai bem, as portas ficam abertas e eu continuo a ir lá de vez em quando. Deixei de ser maestro, mas não deixei de ser amigo da associação”.

A vida de Hermínio Fonseca ainda está em aberto, mas sabe que para o ano quer voltar a concorrer a maestro. “É algo que gosto de fazer”. 

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