A Associação Empresarial de Vila Meã (AEMV), no concelho de Amarante, deu início à 1.ª edição do “À Descoberta da Identidade Made In Tâmega e Sousa”, no dia 16 de fevereiro, para valorizar os produtos endógenos do território.
O primeiro evento e workshop foi dedicado “à promoção e valorização dos produtos endógenos do território numa iniciativa que juntou produtores e operadores turísticos nos claustros do Mosteiro de Travanca”, explica a associação em nota de imprensa.
O workshop teve como mote “Como elaborar uma narrativa para promover o seu negócio/marca” e foi levado a cabo por Mário Correia, na sede da AEMV. Durante este momento “foram apresentadas algumas ferramentas práticas, aos produtores da região, a fim de que estes pudessem fazer uma introspeção dos seus negócios/marcas e, assim, estabelecer um trajeto para uma melhor comunicação”. Após esta iniciativa, os participantes continuaram o dia no Mosteiro de Travanca, para acompanhar o evento “À Descoberta da Identidade Made In Tâmega e Sousa”.
Os convidados foram recebidos na igreja do monumento com um primeiro momento literário, no qual a professora Cidália Fernandes deu a conhecer excertos da obra “O Mosteiro”, de Agustina Bessa-Luís, acompanhado pelo professor Eduardo Costa, na Viola Amarantina.
José Augusto, da Rota do Românico, foi o responsável pela visita guiada à igreja, que “representa um marco histórico no território e que se destaca pelo seu estado de conservação”. A primeira parte do encontro terminou com uma intervenção feita pelo ator Fernando Soares, com texto próprio e um poema de José Régio.
Após serem guiados ao claustro do mosteiro, os convidados foram recebidos com um duo de trombones, da Orquestra do Norte, formado por José Pereira (trombone), e Jorge Freitas (trombone baixo). Durante o evento foram interpretadas seis obras distintas pelo duo, em conjugação com um segundo momento literário, no qual foi recitado um poema de Teixeira de Pascoaes. A noite seguiu com acompanhamento musical de viola Amarantina.
Para além disso, foi ainda possível observar “num ambiente mais informal” o chefe Renato Cunha que “a partir de técnicas ancestrais” realizou algumas “iguarias do território, com produtos endógenos, a ‘quatro mãos’ com o chefe convidado Miguel Cardoso”.
A Infusões com História proporcionou ainda uma visita guiada ao património aromático do Tâmega e Sousa, tendo servido a infusão Limonete e Tomilho-limão num momento de boas-vindas, e harmonizado as restantes com as receitas apresentadas pelos chefes:
– Truta de escabeche, Infusão Balsâmica;
– Caldo de Nabos, Infusão Estival;
– Feijoada de Cogumelos, Infusão do Mato;
– Arroz de Aba, Infusão Mística;
– Leite-Creme e Sarrabulho Doce, Infusão Românico Português.
As infusões serviram também de condimento no Arroz de aba – Infusão Balsâmica e no Leite-creme – Infusão Românico Português.
Na sequência deste encontro, ocorrerão ainda outros dois eventos, com a coordenação do chefe Renato Cunho: dia 16 de março, no Mosteiro de Pombeiro, com o chefe Pedro Machado e, dia 13 de abril, no Mosteiro de Ancede, com o chefe António Queiroz Pinto. As receitas serão, posteriormente, documentados em uma revista de receitas.
O projeto Made In Tâmega e Sousa é promovido pela Associação Empresarial de Vila Meã, em parceria com entidades locais, representando um investimento aproximado de 200 mil euros, cofinanciado pelo Programa Norte 2020, através do FEDER.