“Vou deixar aos meus netos e gostava que eles continuassem com a tradição”.
Acácio Queirós
Acácio Queirós e a sua esposa, Gracinda Queirós, regressaram a terras marcoenses na altura da reforma e tornaram-se assinantes do Jornal A VERDADE.
Os anos foram passando e, de momento, têm guardados cerca de 500 jornais em várias caixas. À entrada da casa é possível encontrar emblemas e medalhas da época dos escuteiros, coleções de pratos de Natal, postais ilustrados do estrangeiro e, claro, jornais encaixotados. Apesar de Acácio Queirós não se apelidar de colecionador, afirma que “gosto muito e vou juntando”.
O homem natural da Tapadinha esteve na Guerra da Angola durante 27 meses e acabou por regressar em dezembro de 1963. Pouco tempo depois, casou-se com Gracinda Queirós e partiu para Lisboa, onde a mulher se encontrava a trabalhar. Em terras lisboetas acabaram por ter o primeiro filho.
Tempos mais tarde viajaram até Faro, onde tiveram o segundo filho, mas o desejo de voltar para perto da terra natal permanecia no casal. Entretanto, surgiu uma oportunidade de emprego em Matosinhos, Acácio Queirós candidatou-se e ficou com a vaga. Finalmente, ficavam mais perto do Marco de Canaveses. Acabaram por ter o terceiro filho e depois de se reformarem regressaram para a Tapadinha.
Pouco tempo depois de chegarem, Acácio Queirós tornou-se assinante do Jornal A VERDADE porque “gosto de acompanhar as notícias. Para mim o digital não tem valor. Eu não consumo. Por isso isto é muito importante para mim, gosto de sentir o papel, folhear o jornal. Ficaria triste se os jovens deixassem de o valorizar”, partilha.
Acácio Queirós pretende passar as relíquias da família aos filhos e netos e confessa que “gostava que eles continuassem com a tradição”. A esposa Gracinda junta-se à conversa e acrescenta que “tenho um filho que é capaz de ficar com tudo porque também gosta de colecionar, segue um pouco os passos do pai”.
Por enquanto, o casal pretende continuar a colecionar as próximas edições do jornal para ter “as coisas perto e poder senti-las”. A Acácio Queirós não restam dúvidas de que esta é uma edição “especial” e que irá guardá-la com “muito carinho”.
