presidente da fundacao portuguesa de cardiologia manuel oliveira carragtea
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Esta é uma conclusão de um estudo – Os Portugueses e o Colesterol 2023” levado a cabo pela Fundação Portuguesa de Cardiologia, que sensibiliza população para o fator de risco.

De acordo com os dados recolhidos, sabe-se agora que três em cada quatro portugueses assume não saber qual o valor do colesterol. É nas camadas mais jovens, entre 18 e 24 anos e entre os 25 e 44 anos, que o desconhecimento é mais “expressivo”, mas que diminui com a idade dos inquiridos (45-64 anos e 65 e mais).

O mesmo estudo revela que entre os inquiridos, apenas 26% sabe o valor e a relevância que o colesterol tem enquanto fator de risco. A grande maioria dos portugueses (89%) inquiridos afirma que o colesterol é uma gordura que circula no corpo e 64% afirma que um valor considerado “normal” é inferior a 190 mg/dL.

De entre as várias frações do colesterol, o presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia, Manuel Oliveira Carragtea, alerta que “é importante estarmos atentos aos valores das LDL (low density lipoprotein ou lipoproteínas de baixa densidade), vulgarmente conhecida como o ‘mau colesterol’, e por ser aquela que, ao depositar-se na parede das artérias, provoca a aterosclerose”, pelo que “quanto mais altas forem as LDL no sangue, maior é o risco de doença cardiovascular”.

Em Portugal, as doenças cardiovasculares são responsáveis por cerca de um terço do total das mortes e, em média, morrem cerca de 80 pessoas por dia devido a patologia cardiovascular. Cerca de oito em cada 10 óbitos de causa cardiovascular que ocorrem precocemente (antes dos 70 anos) podem ser evitados, quando controlados os níveis de colesterol LDL (colesterol mau), um dos principais fatores de risco destas doenças. 

Para o presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia, “os valores elevados de colesterol não causam sintomas e, quando estes ocorrem, podem ser graves e súbitos, manifestando-se, por exemplo, sob a forma de dor no peito devido a angina de peito ou enfarte do miocárdio ou mesmo morte súbita, sendo, por isso, fundamental instruir a população sobre o colesterol e as suas implicações”.

Neste sentido, a Fundação Portuguesa de Cardiologia está a promover a campanha “Maio, Mês do Coração” que visa dar a conhecer o estado atual das doenças cardiovasculares em Portugal e abordar a importância do controlo do colesterol.

A campanha integra várias iniciativas, entre as quais a realização de rastreios cardiovasculares em locais públicos e em empresas, de uma reunião científica dedicada à temática do colesterol, um Torneio de Padel e sessões educativas de literacia em saúde (presencias e videoconferência) em estabelecimentos de ensino, difusão de mensagens através da rádio. Ao longo do mês de maio, a Fundação Portuguesa de Cardiologia irá realizar o habitual peditório nacional de angariação de fundos necessários para a prossecução da sua atividade.