rosa araujo lousada
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O dia 13 de junho de 2022 será um dia que Rosa Araújo, de 49 anos, não irá esquecer. Foi a data em que ficou “sem chão”, depois de receber o diagnóstico de cancro da mama. Ainda se lembra “bem” do momento em que o médico, enquanto lhe fazia o exame, lhe disse “muito direto: ‘o que você tem aqui é um cancro’. Naquele momento o meu coração pulou, bateu forte, pensei várias coisas ao mesmo tempo“, recorda.

Seguiram-se os exames “necessários para analisar”, um processo “muito rápido. No espaço de uma semana tinha o diagnóstico pronto e enviado para o IPO do Porto, onde fui operada para remover o tumor. Dois meses depois, fui novamente operada para alargamento de margens“, conta.

Pela frente, Rosa Araújo, natural de Lousada, teve “16 sessões de quimioterapia” que, entretanto, terminaram. “Quando soube da notícia, não deixei de trabalhar, porque era um motivo para ter a minha cabeça ocupada. Só deixei de trabalhar quando fiz a cirurgia. Agora, tenho 25 sessões de radioterapia para iniciar em setembro”, explica Rosa Araújo.

O caminho para a cura “não é um processo fácil”. A doença veio alterar “muito a minha, nossa, rotina, porque fiquei um pouco limitada, mas tenho um marido e dois filhos que têm sido incansáveis, é muito fundamental todo o apoio“, garante Rosa Araújo.

rosa araujo

Cada passo e cada final de tratamento é, para a lousadense, “uma conquista. É uma vitória conseguir fazer tudo seguido sem paragens pelo meio” e para assinalar o final das 16 sessões de quimioterapia o marido e os filhos decidiram uma surpresa. “Estou cansada, mas feliz por ter conseguido fazer todas as sessões seguidas. Na última, quando cheguei ao carro estava assim enfeitado, com 16 balões, a simbolizar as 16 sessões. Quando saí do carro os meus filhos, a nora e o meu pai, com 82 anos, lançaram uns confetis para festejar. Foi muito emocionante”.

Em setembro, Rosa Araújo vai iniciar 25 sessões de radioterapia e confessa que, a partir de agora, os “grandes sonhos são conseguir fazer o resto de tratamentos que faltam e quero vencer este maldito bicho. Ser vencedora“.

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O otimismo que caracteriza esta mulher é, também, passado a todas as mulheres e homens que passem pela mesma doença: “Que encarem esta doença como um desafio que nos aparece na vida e que, dia após dia, vamos ultrapassar. Acima de tudo, Deus é o nosso grande guia. Não baixem a cabeça, temos de ser mais fortes e lutar contra a doença”, é assim que termina esta entrevista.