Foi no Mercado Feira Borges, no Porto, que Rodrigo Leitão, penafidelense, apaixonou-se pelas primeiras camélias. Acabou por comprar algumas enxertadas e, 30 anos depois, é colecionador e criador de variedades novas.
Rodrigo Leitão partilha que gosta da camélia “pela beleza, cores e contrastes, e por chegar no inverno, altura em que existem poucas flores”, mas também pela “variedade e diversidade” que lhe permite criar, a cada ano, novas variedades de camélias.
XIV Festival Internacional de Camélias de Lousada
Um ano depois de ter comprado algumas enxertadas na feira, as camélias tornaram-se, rapidamente, no seu hobbie preferido. “O gosto é pessoal, trabalho noutro sítio, mas as camélias acabam por ser uma paixão”, conta.
Às camélias dedica-se de ‘corpo e alma’ e, atualmente, tem seis variedades registadas a nível internacional, na International Camellia Register. “Dança ao Luar, Margarida Rosa, Tama Real, Dia da Mulher, Sónia e Rodrigo e Vinho do Porto” são os nomes carinhosos que deu a cada ‘obra’. Uma é dedicada a todas as mulheres, outra é uma homenagem ao casamento com Sónia Costa, e a “Vinho do Porto” que foi nomeada após participar num concurso lançado pelos Vinhos do Douro e do Porto, em parceria com a Sociedade Portuguesa das Camélias. Ao Jornal A VERDADE, Rodrigo Leitão recorda que: “neste concurso queriam uma camélia que representasse os vinhos do Porto, concorri com uma das minhas variedades novas, criada por mim de semente, e acabei por ganhar o concurso”.
Trinta anos depois da primeira camélia, Rodrigo Leitão continua a ser fascinado pelas flores e pretende continuar a participar em feiras na região e a criar novas variedades. À data, já tem no seu jardim cerca de mil cruzamentos.
A nível mundial, há cerca de 33 mil camélias diferentes registadas e Rodrigo Leitão garante que “as variedades são infindáveis”.
“Vinho do Porto“
“Dia da Mulher”
“Sónia e Rodrigo“
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