bombeiros marco de canaveses
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Entre as 488 propostas apresentadas para o Orçamento de Estado de 2024 (OE2024), o Grupo Parlamentar do PCP defendeu na passada sexta-feira, dia 17 de novembro, a ampliação do Quartel-Sede dos Bombeiros Voluntários do Marco de Canaveses.

Na proposta apresentada, o PCP começa por destacar o papel “muito relevante” da corporação marcoense na comunidade e, dadas as “exigências crescentes de formação e treino, maiores necessidades de estacionamento face ao reforço do parque de viaturas e a justa intenção de construção de um espaço museológico têm justificado a aspiração à ampliação do quartel-sede, reforçada pelo facto de um terreno contíguo – o Campo do Lapoceiro, propriedade do Estado – estar desde há anos perspectivado para esse fim“. O partido propõe, então, que no próximo ano o Governo “lance os procedimentos com vista à ampliação do Quartel-Sede dos Bombeiros Voluntários do Marco de Canaveses”.

São várias as propostas apresentadas (trabalho, segurança social, cultura, saúde, habitação, transportes, educação, ciência, tecnologia, ensino superior, agricultura, pescas), para resolver “problemas regionais” de Norte a Sul do país.

Reabertura da Linha do Tâmega

Para além da ampliação do quartel, o PCP defendeu, para a região, a reabertura da Linha do Tâmega, “cujo serviço foi suspenso em 2009 pelo Governo PS, invocando problemas de segurança. (…) Apesar da promessa de obras de requalificação do traçado e de um transporte alternativo, em autocarro, durante a requalificação, a linha continua por reabrir e os meios alternativos desapareceram, forçando os utentes do Marco de Canaveses e de Amarante a recorrer a transporte individual ou ao serviço de táxi para percursos diários”, pode ler-se na proposta.

Sem “qualquer perspectiva” quanto à reabertura da linha, o PCP considera que é “completamente inaceitável, acrescentando dificuldades às populações de uma região com elevados níveis de pobreza e atrasos significativos no acesso aos transportes públicos e direito à mobilidade”, refere ainda.

Conclusão das obras do IC35

No dia 7 de julho, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Penafiel, decorria a assinatura do Auto de Consignação da construção do troço do IC35 entre Penafiel e Rans. Destinado a assegurar a ligação rodoviária entre Penafiel e Sever do Vouga (IP5/A25), o IC35 é “uma velha aspiração das populações da região do Vale do Sousa e Baixo Tâmega (concelhos de Penafiel, Marco de Canaveses, Castelo de Paiva e Cinfães, entre outros), que há mais de 40 anos reivindicam a construção de uma alternativa à EN 106, essencial para responder às necessidades de mobilidade, vencer o isolamento, superar atrasos estruturais e potenciar o desenvolvimento de uma das regiões mais empobrecidas da União Europeia”, diz o PCP.

No OE2024, o PCP propõe o início, em 2024, “dos procedimentos necessários para o início da obra de conclusão integral do IC 35, objeto de uma resolução aprovada por unanimidade na Assembleia da República há mais de 20 anos (Resolução n.º 28/2001, de 5 de abril), que, entre outras medidas, recomendava o lançamento, com “carácter de prioridade absoluta”, de um conjunto de obras, entre as quais esta infraestrutura”. Nesta proposta refere, ainda, que a “construção integral desta importante via de circulação continua incompreensivelmente adiada. Apenas foi construída uma nova ponte sobre o Rio Douro e apenas está em curso a construção do primeiro troço, de 1,5 quilómetros, dos cerca de 70 km previstos”, aponta o PCP.