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No dia 4 de maio Bruno Sousa viveu junto do filho, Rodrigo Sousa, “um momento muito especial e mágico”, no jogo da 26.ª jornada da Divisão Elite Futsal 2023/24, que colocou frente a frente a AD Penafiel e JDM Futsal Meinedo.

Rodrigo Sousa foi um dos três atletas da formação penafidelense a estrear-se pela equipa sénior e partilhou, pela primeira vez, o campo com o pai. Foi uma sensação “boa, foi bonito e emocionante. O nervosismo era algum, porque me estava a estrear como sénior, mas fácil estar com ele em campo”, garante o jovem de 19 anos.

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Uma emoção partilhada por Bruno Sousa que, na entrada do filho – na segunda parte – sentiu “muito orgulho. Não acontece todos os dias e não é normal. Já ganhei algumas coisas no futsal, alguns prémios e campeonatos, já tive muitas coisas boas, mas este foi o momento mais especial que tive no futsal. Quando ele entrou em campo a lágrima caiu pelo rosto. O público começou a bater palmas e mesmo a mãe, que estava na bancada, também sentiu a emoção. Será um dia inesquecível e que vai ficar na memória”, afirma o capitão da AD Penafiel.

Dentro de campo é “difícil” separar a ligação familiar que os une. Para Bruno Sousa, é “complicado fazer essa distinção, mas também foi a primeira vez que aconteceu. Há um misto de de emoções muito grande. Por um lado queria que tudo lhe corresse bem, mas por outro lado, na qualidade de capitão de equipa dos seniores, tenho o papel de os incentivar a todos por igual. No entanto, não é fácil colocar de lado o papel de pai nestas situações”.

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Natural de Novelas, o atleta de 39 anos iniciou-se no mundo do desporto aos oito anos, mais precisamente no futebol. Mais tarde, “por volta dos 17 anos” apaixonou-se pela modalidade de futsal. O percurso começou no futebol de formação do FC Penafiel, depois seguiu-se o futsal na AR Novelense, Santiago, JDM Futsal Meinedo, Lousada, Fafe, e há três anos que representa a AD Penafiel. 

Rodrigo Sousa, “um bocadinho por influência”, seguiu as pisadas do pai no futsal quando tinha cerca de sete anos. “Acompanhei os jogos dele desde pequenino. Ia ver todos. Ele é uma inspiração para mim, é um senhor, é muito humildade, boa pessoa e gosta sempre de ajudar o próximo“.

Que qualidades vê no filho? Bruno Sousa destaca o “foco, o compromisso e a determinação” mais presentes “desde há três anos. Eu treino quase todos os dias e, no início, dizia-lhe para treinar comigo. Ele não estava muito virado para aí, mas hoje treina imenso. Por exemplo, está na faculdade, mas falta aos jantares de curso, porque tem treinos. Não é o melhor jogador do mundo, mas faz para que as coisas aconteçam, dedica-se e tem um comprometimento muito grande. Faz um esforço para ser melhor”, diz o pai.

Atualmente, Rodrigo está a frequentar o curso de Desporto, “que está em primeiro lugar” e, depois, “se conseguir alguma coisa no futsal fico ainda mais contente”, garante, ainda, Bruno Sousa que enaltece a “ligação muito próxima” com o filho. “Vem a casa todos os dias e treinamos muitas vezes juntos. Fui pai aos 20 anos, tinha muito mais paciência, brincava mais, estávamos mais próximos e, por isso, sempre fomos muito ligados um ao outro”.

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Quanto ao futuro, pai e filho pretendem continuar a partilhar o campo. “Neste momento, estou a pensar se fico. O clube quer e, em princípio, ainda me sinto bem fisicamente para continuar mais um ano. O Rodrigo acaba este ano os sub-19 e ainda não sabemos ao certo se fica no clube ou se vai ter de sair, mas acredito que ainda podemos partilhar o mesmo balneário pelo menos este ano, provavelmente o meu último. Se não for no balneário, partilhamos outras coisas na vida e eu já lhe disse que não tem de ficar ‘preso’, tem é de seguir o caminho dele e lutar por aquilo que quer”, Bruno Sousa.

O capitão da AD Penafiel termina deixando um agradecimento “ao mister Pereira por ter a coragem de apostar nos miúdos mais jovens” e ao clube “por nos proporcionar este momento que foi importante”, conclui.