Carla Pereira é natural de Paredes de Viadores, em Marco de Canaveses, e sempre partilhou um gosto pela escrita. Em 2022, uma conversa telefónica com o afilhado, de seis anos, inspirou a professora de filosofia a escrever um livro infantil.
“O Caso da Língua Perdida” foi o título escolhido para o livro que nasceu de forma “muito natural e espontânea” e somente com o objetivo de presentar o afilhado na época de Natal. Carla Pereira descreve-o como uma pessoa “muito conversadora”, mas a dada altura, durante uma chamada telefónica, mostrou-se pouco disposto para conversas e a madrinha, em tom de brincadeira, disse “não me digas que o gato comeu-te a língua”.
Assim, começou o processo criativo em casa sem imaginar que o seu livro seria apoiado pela Associação Álvaro de Campos, em Tavira, cidade onde reside e trabalha atualmente. Antes de imprimir e oferecer ao afilhado, decidiu acrescentar ilustrações ao texto para o tornar “mais apelativo”, desta forma, juntou-se a um colega das artes, Rui Monteiro, que aceitou o desafio.
No entanto, outras pessoas acabaram por ler o livro na escola e propuseram a Carla Pereira publicá-lo. Após algum aperfeiçoamento e revisões o livro estava pronto para ser lançado. A obra infantil acabou por ser publicado na semana do Natal e a apresentação vai decorrer no dia 27 de janeiro, em Tavira.
Acima de tudo, a professora pretende que o livro possa “proporcionar momentos de diversão e ser prazeroso” e confessa que ficou “surpreendida” com o resultado e com as “passagens de humor” que criou de forma “fluída”.
No dia de Natal, o afilhado recebeu a prenda que, à partida, seria “só” mais um livro, mas que acabou por o deixar especialmente “contente” quando viu o nome da madrinha escrito na capa do livro.
Neste momento, Carla Pereira decidiu “parar” um livro que está a meio, afirma que “não se pode forçar a criatividade, temos de ter tempo”, mas pretende levar a cabo um segundo livro infantil, desta vez, inspirado na gata que tem em casa.
