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Falta menos de um mês para Márcia Nunes, uma jovem natural de Vila Meã, dar início a uma caminhada que será “emocionante” e “uma das melhores experiências”.

Aos 31 anos, a jovem prepara-se para realizar, pela primeira vez, o percurso que terá como destino o Santuário de Fátima. São vários os grupos de peregrinos que, todos os anos, partem das suas localidades rumo àquele local, para assinalar as aparições da Virgem Maria aos três pastorinhos, em 1917, uma data celebrada pela Igreja celebra Nossa Senhora.

Este ano, Márcia Nunes decidiu juntar-se a um desses grupos (Grupo de Travanca) para cumprir uma vontade de alguns anos. “Sempre disse que gostava muito de fazer a peregrinação pela experiência. Todos os anos dizia ‘para o ano vou’, porque tive tão bons feedbacks de colegas que foram. Este ano decidi ir”, conta.

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O início da caminhada está marcado para o dia 5 de maio e, neste momento, a menos de um mês, “já começa a aparecer alguma ansiedade. Até estive muito tranquila em relação a isto, mas nesta fase acho que a ansiedade é um sentimento normal, de uma pessoa que nunca fez uma peregrinação”, diz Márcia.

Com uma educação católica, a jovem de Vila Meã diz ter “muita fé na Nossa Senhora” e o Santuário de Fátima é um local que lhe transmite “muita paz e boas energias. Vou por tudo isso e pela experiência”

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Relativamente à preparação, a futura peregrina revela que “já fazia algum desporto”, mas com a decisão de fazer a primeira peregrinação, faz agora com “mais regularidade. Há cerca de um mês comecei a fazer caminhadas regulares, quase diariamente. Também estou num ginásio a fazer preparação, com o objetivo de preparar os músculos”, explica.

“Vai ser um percurso de pensamentos”

Ainda sem qualquer experiência numa peregrinação, as expetativas estão quase a zero, mas de uma coisa não tem dúvidas, “vai ser emocionante de certeza. A nível espiritual vai ser uma experiência enriquecedora. Vai fazer-nos perceber, a mim principalmente, o que realmente é importante, o que devemos desvalorizar. Vai ser um percurso de pensamentos, de reflexão e de conhecer os meus limites”. 

Acompanhada por uma colega nesta primeira ‘aventura’, Márcia Nunes vive dias com “um misto de emoções”. Por um lado, há a “ansiedade” de nunca ter ido, por outro quer “sentir a emoção da chegada ao Santuário. Com as experiências que ouvimos dos outros, ficamos com curiosidade de perceber o que é e como é, na primeira pessoa. Todos os anos emociono-me muito a ver as celebrações do dia 13 de maio, a ver as pessoas com as promessas, com o esforço que fazem. Isso deixa-me sempre muito emocionada e gostava de vivenciar isso ainda mais perto”, explica.

Acredito que vai ser uma das melhores experiências da minha vida.

Dizem as vozes da experiência que, no percurso de seis dias, as dores começam a aparecer, mas a determinada altura são ‘apagadas’ pela vontade de chegar ao fim da caminhada. A jovem de Vila Meã mostra-se otimista e espera contar com o apoio de quem a acompanha. “O coordenador do nosso grupo disse ‘Márcia não te preocupes, não deixamos ninguém para trás. Todos acabam por se motivar. Mesmo quando tivermos dias, que vamos ter com certeza, que nos vão custar mais, com vontade de desistir, e naqueles em que podemos fraquejar, termos a ajuda do outro, que nos puxa, que nos dá alguma força é importante. É muito motivador que nos digam ‘força, vamos, tu consegues'”, garante.

A quem nunca fez uma peregrinação a pé até Fátima, a jovem de 31 anos aconselha, tal como ela, a “ouvir experiências de quem já foi. É muito motivador ouvir os outros”. Por agora, não consegue dizer que “vai ser uma boa experiência”, mas acredita que “vai ser uma das melhores da minha vida. Vou com o coração aberto. Façam o mesmo”, termina.