Aos 74 anos, Mário Moreira continua a exercer a profissão que aprendeu em criança, mas com a consciência de que a arte do latoeiro está a desaparecer. Residente nas Termas de São Vicente, em Penafiel, começou a trabalhar aos sete anos, ajudando o pai na oficina.
De manhã ia à escola, mas à tarde já moldava metais ao lado da família. “Quando vim do ultramar, aos 26 anos, já recebia um ordenado justo e consegui estabelecer-me. Naquela época, fazia-se muito trabalho novo, especialmente caleiros para as obras, porque se construíam muitas casas. Mas, também, se recuperavam objetos, como regadores e cântaros, algo que mais tarde deixou de acontecer”, recorda.