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Apaixonada pelo mundo dos ralis “desde miúda”, Helena Gomes vai viver a “adrenalina” de uma forma diferente na sexta edição do Penafiel Racing Fest, que arranca esta sexta-feira, 14 de junho.

Ao lado do namorado – o piloto João Vinha – a penafidelense de 46 anos vai estrear-se na prova e fazer a abertura do rali. Será um momento “especial”, uma vez que será vivido na terra Natal e porque fará uma homenagem ao piloto Joaquim Santos. “O carro está com uma decoração em homenagem a ele. Vamos como carro zero e fazer a abertura do rali. Sinto a responsabilidade, porque tenho de ler as notas na mesma, fazer tudo como se fôssemos para tempos, mas vamos abrir com muito orgulho. É um privilégio ter a oportunidade de abrir um rali destes. Estou ansiosa”.

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Uma “mistura de muitos sentimentos” que volta a viver por estes dias, depois de se ter estreado como co-piloto na 9.ª edição do Rallyspirit, que decorreu nos dias 30, 31 maio e 1 de junho. Uma estreia “em grande, porque foi um rali de 120 quilómetros de 12 provas e mais de quase 400 quilómetros de ligações“. Helena Gomes confessa que “nunca tinha sentido aquela adrenalina. É fora de série. Sentimos que estamos noutro mundo. Naquele momento só existe aquele carro e aquela estrada. É fabuloso”, recorda.

O gosto pelo mundo automóvel herdou do irmão mais velho e piloto José Gomes (campeão nacional de ralicross) e foi “por causa dele” que manteve “esta grande ligação aos ralis”. Mas não só, na vida da penafidelense entrou outro piloto, o namorado João Vinha, que a incentivou a fazer o curso de co-piloto. “Ele sabia que gostava e que tinha essa vontade”.

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O trabalho lado a lado fez com que o casal se tornasse “mais companheiro” e ser mulher não foi um entrave para a dupla. “Sou a primeira co-piloto dele e disse-me, no fim do Rallyspirit, que avaliava com oito, de zero a dez. De facto, as mulheres são muito mais organizadas do que os homens. Os homens até podem ser melhores a ditar as notas do que eu, mas em tudo o que são documentos não são tão organizados. O preconceito da mulher já se está a esbater-se. Aliás, há cada vez mais co-pilotos mulheres”.

Em fevereiro deste ano, Helena Gomes deslocou-se a Coimbra para fazer o Curso de Navegadores de Rallye com Inês Ponte, a única mulher campeã nacional de ralis e co-piloto de José Pedro Fontes, e com José Teixeira, campeão nacional e co-piloto de Ricardo Teodósio. “Aprendi como ler um roadbook, como preparar as notas, todos os preparativos. Um co-piloto tem uma função muito importante, porque se não fizer o trabalho como deve ser – entregar a carta a tempo e horas, fazer bem contagem do tempo de uma ligação para outra – pode perder-se uma corrida. O piloto pode fazer uma excelente prestação em prova, mas se no final o co-piloto não fizer todos os procedimentos direitinhos tem penalizações e perdem o rali. Sem o co-piloto, o piloto não consegue ter bons resultados, por muitos bons tempos que consiga fazer”, frisa.

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Porque gosta tanto desde mundo? Helena Gomes não hesita em responder com “adrenalina”. Gosta de conduzir “a alta velocidade” e garante não ter “medo. Sou aquela que nunca tem receio que vá correr mal e nem penso nisso no momento”.

A primeira edição foi vivida “ao rubro” pela família que gosta “destas coisas. Tudo o que mexe com a cidade, mexe também connosco. Sou do centro de Penafiel, por isso todas as atividades que vão acontecendo eu faço questão de estar presente“, garante a penafidelense que espera, numa próxima edição do Penafiel Racing Fest, participar na vertente competitiva.

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