a fabrica de natal que faz sorrisos 4
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O Natal da minha infância
Tem história,
Tem magia,
Gravadas em minha memória,
Cheias de fantasia.
O pinheiro, lá de casa,
Não tinha piscar de luzes,
Só fitinhas,
De muitas cores,
Também algumas bolinhas.
Do presépio, eu recordo
Aquela bela Senhora
Que segurava Jesus
Em seus braços,
Em abraços
De amor,
Muita ternura.
Depois da consoada,
Com sono
E  já cansada,
Era posto o meu sapato
Lá em cima do fogão,
Para o Menino Jesus
Deixar nele o meu presente
Tão esperado, pois então!
Um ratinho de chocolate,
De um vermelho escarlate,
Umas luvas…
Umas meias…
Ou um lencinho da mão.
Logo pela manhã,
Acordava num frenesim,
Ia espreitar o sapato,
Numa alegria sem fim.
Aqui, vos vou contar
Uma engraçada história,
Que nunca me saiu da memória.
Certo dia de Natal,
Corri para o sapatinho.
Na pouca luz da manhã,
O presente
Que estava lá,
Amarelo e tão brilhante,
Parecia um capacete
De um pequeno bombeirinho.
Fugi, cheia de medo,
Sem chinelos,
De pijama,
Enfiei-me,
Novamente,
Na minha quentinha cama.
Passados poucos minutos,
A fazer-me de valente,
Pé ante pé…
Fui espreitar outra vez…
Que alívio!!!
Afinal,
Era um pequeno pintainho,
Oco e de chocolate,
Um presente especial
Que o Menino Jesus
Me deixou no sapatinho.
Guardei-o, com ternura,
Debaixo da almofada.
E o que aconteceu?
Para minha grande tristeza,
O pintainho derreteu!!!
Na missa de cada Natal,
Junto ao presépio da igreja,
Cantava-se ao Deus Menino
Odes de amor e carinho.
No fim,
Já todos em fila,
A caminho do altar,
Beijávamos o Seu pezinho,
Sempre, sempre a cantar.
Não havia Pai Natal,
Mas sim o Menino Jesus,
Que, pobre,
Nasceu em Belém ,
Mas nobre,
Cheio de luz!