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A Diocese do Porto emitiu esta sexta-feira, dia 10 de março, um comunicado relativamente ao relatório apresentado no passado dia 13 de fevereiro pela Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais na Igreja Católica. Um documento, que segundo o comunicado, “revelou o sofrimento de vítimas de atos hediondos e inqualificáveis que têm de ser combatidos com toda a a nossa energia”

Neste seguimento, no passado dia 3 de março, a mesma Comissão Independente entregou à diocese do Porto uma lista de “alegados abusadores que continha doze nomes”. De acordo com o referido comunicado, “foi possível aferir, desde logo, que quatro já faleceram e um já não pertence à diocese. Por informação oral do grupo de Investigação Histórica, ficou-se a saber que as denúncias se reportam às décadas de setenta e oitenta”.

Após tomarem conhecimento, foi “iniciada a investigação prévia a respeito dos sete clérigos vivos. Nos arquivos diocesanos, não se encontra qualquer indício de possíveis crimes de abusos, tal como, aliás, o Grupo de Investigação História já tinha verificado. À Comissão Diocesana para o Cuidado dos Frágeis também não chegou qualquer denúncia relativamente a estes nomes”.

Contudo, a Diocese do Porto garante que o “processo de investigação continua”, tendo, inclusivamente, “o bispo diocesano reunido com diversas pessoas, algumas das quais já não vivem na área da Diocese do Porto, à procura de eventuais informações complementares”. No entanto, “também estas diligências ainda não conduziram a qualquer pista”. Acrescentando que se, entretanto, “aparecerem indícios fiáveis, o bispo diocesanao não hesitará em suspender preventivamente o clérigo em causa”. Sendo que o bispo diocesanao “já entregou ao Ministério Público a lista recebida da Comissão Independente”.

Ainda segundo o mesmo comunicado, no seguimento da decisão da última assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa, a Comissão Diocesana (do Porto) para o Cuidados dos Frágeis “está em processo de renovação, ficando, brevemente, constituída apenas por leigos, dotada de sede própria e de melhores condições de trabalho“. Manterá o mesmo contacto de e-mail: [email protected].

A Diocese reafirma que se coloca “do lado das vítimas, sofre com elas e tudo está a fazer para criar uma nova mentalidade e atitudes, respeitadoras e seguras, de modo a que os mais novos e as suas famílias possam confiar plenamente nos agentes pastorais”.